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Sábado, 20 de abril de 2024

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Em Paris, Pedro Taques apresenta metas ambiciosas na área ambiental e quer captar R$ 39 bilhões para projeto

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Em Paris, Pedro Taques apresenta metas ambiciosas na área ambiental e quer captar R$ 39 bilhões para projeto
O governador Pedro Taques (PSDB) e a secretária de Meio Ambiente, Ana Luiza Ávila Peterlini, vão apresentar na COP 21, em Paris, na próxima segunda-feira (7), um plano ambicioso para reduzir o desmatamento e aumentar a preservação ambiental. A ideia é “vender” Mato Grosso aos fundos internacionais, para que eles invistam no projeto mato-grossense, estimado em R$ 39 bilhões.

“A estratégia a ser mostrada é produzir, conservar e incluir. Em Paris, vamos mostrar o que estamos fazendo, a nossa potencialidade e que Mato Grosso é um estado viável. O custo desse projeto é R$ 39 bilhões, ou seja, em 15 anos queremos investir o equivalente a dois orçamentos do estado”, disse Taques.

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“Não temos esse dinheiro, então queremos, além de recursos públicos, que viriam do estado, dos municípios e da União, usar recursos de fundos internacionais por meio do REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) e recursos da iniciativa privada”, explicou o governador.

Taques considerou justo que fundos internacionais, bancados por países desenvolvidos, invistam na redução das emissões de carbono do Brasil e de Mato Grosso. “O Brasil está estabelecendo metas de redução de carbono, mas tem que crescer e acabar com a pobreza ao mesmo tempo. Diferente de países que já se desenvolveram. E eles têm que pagar por isso, para que nós possamos conservar. E nós estamos em busca de fundos internacionais de investidores públicos e privados”, disse.

Metas ambiciosas

A maioria das metas apresentadas por Mato Grosso é para 2030, mas a mais ambiciosa, o fim do desmatamento ilegal, foi fixada para 2020. Apesar da redução de 80% no desmatamento verificado nos últimos 10 anos, Mato Grosso registrou aumento de 152% entre agosto de 2014 e julho de 2015, e o governo planeja reverter esse dado começando pela identificação e punição dos que desmataram ilegalmente.

“Queremos tornar Mato Grosso um território e uma jurisdição sustentável, uma zona sustentável e livre de desmatamento ilegal, diante dos outros países. Sabemos que é um objetivo ousado, mas temos que ter metas que saiam da nossa zona de conforto”, disse a secretária de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini.

Outra meta ousada do plano é que Mato Grosso reduza até 2030 a emissão de 6 gigatoneladas de gás carbônico. “Para vocês terem uma ideia, isso é mais do que os Estados Unidos emitem em um ano, que são 5,5 gigatoneladas. Isso é um ativo, que temos que mostrar ao mundo. Daí a importância da nossa ida a Paris”, disse Pedro Taques.

O secretário de Agricultura Familiar, Suelme Evangelista, destacou a importância do eixo da inclusão. “Enxergar as pessoas dentro do ambiente natural é muito importante. A situação de assentamentos em Mato Grosso e na Amazônia é lamentável, são quase campos de concentração de abandono. Queremos que essas pessoas tenham vidas dignas com mata em pé”, disse.
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