Olhar Agro & Negócios

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Economia

MT começou a sentir

Falta de chuva e crise são preocupantes para cenário econômico, avalia Taques

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Falta de chuva e crise são preocupantes para cenário econômico, avalia Taques
A falta de chuva e a severa crise econômica pela qual o país passa ligaram o sinal de alerta do Governo do Estado. O governador Pedro Taques (PSDB) avaliou que o cenário é preocupante e que outras ações terão de ser tomadas para evitar que o estado sofra ainda mais com o atual momento vivido em todo o Brasil. Como as precipitações demoraram a cair, o agronegócio deverá ser prejudicado. O setor é um dos que mais impacta a economia em Mato Grosso.

Leia mais:
O agronegócio vai sentir em 2016 os impactos da crise deste ano, afirma Rui Prado

“Em 2016, todos os indicadores macroeconômicos revelam que teremos um ano difícil. A crise nacional começa a repercutir em Mato Grosso. Temos uma seca, falta de chuva, que prejudica a nossa produção, agricultura. Grande parcela da economia do estado gira através do agronegócio”, explicou o governador em entrevista ao Olhar Direto/Agro Olhar.

Taque acrescenta que novas ações devem ser tomadas este ano, com o objetivo de frear os estragos causados pela crise: “Fizemos o dever de casa no ano passado, cortamos gastos, repactuamos contratos, tivemos uma estratégia de atuação desde o primeiro dia. Outras ações serão tomadas este ano. Precisamos entender que esta crise é muito forte, cai arrecadação e o estado não acha ouro. A maior parte dos seus recursos vem do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Teremos um ano difícil, mas tenho certeza que junto aos servidores públicos e a sociedade, atravessaremos isto”.

Agronegócio

Até o dia 7 de janeiro, Mato Grosso havia semeado 99,8% dos 9,203 milhões de hectares projetados. O avanço foi de apenas 0,8 pontos percentuais em relação ao último acompanhamento de semeadura do grão realizado no dia 17 de dezembro pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). No atual levantamento não está contabilizado o percentual da área que passou por replantio.

Segundo o produtor em Campos de Júlio, Glauber Silveira, a seca de novembro e dezembro prejudicaram a produtividade mato-grossense e dependendo da região chega-se a ter em média 20 sacas de soja por hectare. A seca, explica Silveira, prejudicou a estatura da planta e diminuiu a “emissão de entrenós, o que tende a diminuir a produtividade”.

Em Mato Grosso as primeiras projeções são de uma quebra de um milhão de toneladas, porém os números deverão ser revistos conforme o andamento do desenvolvimento das lavouras e colheita. A tendência, apontam especialistas, é que a safra 2015/2016 de soja no Brasil retraia, visto outras regiões terem sofrido com o clima. Na região Sul, por exemplo, os problemas foram causados pelo excesso de chuva.

A atual previsão para Mato Grosso são de 28 milhões de toneladas, segundo o Imea. No Brasil, de acordo com levantamento divulgado em dezembro pela Companhia Nacional do Abastecimento (CONAB), são 102,4 milhões de toneladas. Na próxima semana a Conab irá divulgar sua quarta projeção de safra 2015/2016.

(Colaborou Viviane Petroli)
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet