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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Custo elevado

Área de soja crescerá 0,28% em Mato Grosso na safra 16/17; a menor em nove anos

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Apesar do leve incremento na área, a produção deve crescer 6,87% motivada pela produtividade

Apesar do leve incremento na área, a produção deve crescer 6,87% motivada pela produtividade

Os resultados da safra 2015/2016 e o elevado custo de produção em Mato Grosso irão refletir no próximo ciclo que inicia em 15 de setembro. A previsão para a safra 2016/2017 é de apenas 0,28% de expansão na área. A expansão é a menor em nove anos. Apesar do leve incremento na área, as projeções em termos de produção apontam 29,385 milhões de toneladas a serem colhidas, um crescimento de 6,87% em relação as 27,497 milhões de toneladas da safra 2015/2016.

Mato Grosso está com cerca de 82% da safra 2015/2016 de soja comercializada. O preço da saca de 60 quilos inicia junho variando entre R$ 71,50 em querência e R$ 84 em Cuiabá. Em junho de 2015 a média de preço da saca de 60 quilos no Estado havia sido de R$ 54,29.

A "estabilidade" para o ciclo 2016/2017 em Mato Grosso nesta estimativa inicial é constatada na primeira Estimativa de Safra de Soja divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Econômica Agropecuária (Imea). O levantamento divulgado nesta semana teve como base de cálculo a expectativa dos agentes de mercado e informações de 547 produtores no Estado.

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Conforme o levantamento, a área deverá saltar de 9,203 milhões de hectares para 9,229 milhões de hectares. A expansão é considerada a menor da série histórica acompanhada pelo Imea desde a safra 2007/2008. O Instituto pontua que o aumento da área fica inclusive abaixo da média das últimas cinco safras que é de 7,6%.

As regiões Norte e Noroeste são as que maior crescimento de área em relação à safra 2015/2016 apresentam de 3,5% e 1,5% respectivamente. Já o Médio-Norte aponta recuo de 0,29%.

Além dos resultados obtidos nas lavouras na safra 2015/2016, em decorrência das condições climáticas, os produtores enfrentam o aumento do custo de produção, que para o ciclo 2016/2017 está cotado em R$ 3.230,26, superior aos R$ 2,958,37 da safra 2015/2016. O maior impacto está nos insumos cujo desembolso saltará de R$ 1.756,13 por hectare para R$ 1.889,10. Os defensivos, em sua maioria adquiridos em dólar, sobem de R$ 834,74 por hectare para R$ 926,48 de um ciclo para o outro.

Segundo o Imea, a elevação em 6,87% da produção é creditada a produtividade. As expectativas, em decorrência a continuidade do uso de tecnologia, é que sejam colhidas em média 53,06 sacas por hectare, alta de 6,56% ante as 49,8 sacas colhidas na safra 2015/2016.

“Cabe salientar que esta primeira projeção representa o sentimento inicial do mercado, notando-se que a primeira expectativa sobre temporada 2016/17 aponta para um aumento de produção baseada em ganhos com a produtividade a campo, diferente do que ocorreu nas últimas safras, onde a produção registrou crescimento baseada, principalmente, no aumento de área. Por isso, qualquer interferência climática sobre a nova safra poderá trazer impactos ainda maiores que o verificado no último ano sobre a oferta do novo ciclo”, destaca o Imea.
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