A licença de venda do glifosato, importante ingrediente de defensivos agrícolas foi estendida por 18 meses. A decisão é da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (EU), após membros do bloco econômico não chegarem a um acordo sobre a renovação da licença do produto.

A decisão era aguardada pelo setor produtivo, visto que o prazo vencia no último dia 30 de junho.

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A prorrogação por 18 meses da licença de venda do glisofato foi confirmada pelo secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA), Eumar Novacki, que esteve reunido nesta semana em Genebra (Suíça) com a presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, e representantes da União Europeia.

“A presidente entendeu a importância desse produto para a agricultura mundial e a necessidade da OMS. Antes de se estabelecer claramente se um produto é perigoso é necessário avaliar cientificamente qual o seu risco para a saúde humana. Não se pode banir um produto largamente utilizado para a produção agrícola, e que contribui para sua produtividade, sem critérios científicos”, declarou Novacki.

Ainda de acordo com Novacki, a presidente da OMS declarou que irá acompanhar os estudos sobre os riscos que o glifosato pode trazer para a saúde humana. “Temos que evitar as manifestações que tragam insegurança e gerem especulações que desequilibram o mercado agrícola e colocam em xeque a segurança alimentar mundial”, alertou Margareth Chan durante as reuniões.

A continuidade da permissão para o glifosato ficou sob risco após a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sua Agência de Pesquisa para o Câncer apontarem em 2015 que o glifosato teria um potencial risco cancerigeno para humanos.