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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Estoques finais da safra 15/16 de milho em Mato Grosso devem ficar em 70 mil toneladas

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Estoques finais da safra 15/16 de milho em Mato Grosso devem ficar em 70 mil toneladas
A menor produção e a alta demanda interna pelo milho, apesar do forte recuo nas exportações previsto, devem deixar pouco excedente. As projeções apontam para a safra 2015/2016 estoques finais de 70 mil toneladas. As estimativas apontam para as exportações uma retração de 31,31% na demanda. Produtores preveem mais queda na produção.

A produção de milho 2ª safra em Mato Grosso tende a ser 22,81% menor que as 26,199 milhões de toneladas colhidas na safra 2014/2015, ou seja, as projeções apontam para a atual safra 20,223 milhões de toneladas. Entretanto, produtores estimam que esse volume possa cair para entre 17 e 18 milhões de toneladas, podendo chegar a 14 milhões.

A produtividade mato-grossense foi prejudicada pela ausência de chuvas desde a cultura de soja, o que atrapalhou a semeadura do cereal dentro da janela ideal.

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Estimativa de Oferta e Demanda do milho em 2016 para Mato Grosso, divulgada pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), nesta semana, aponta uma relação bastante apertada. Segundo o Instituto, o mercado tinha expectativa de boa safra antes mesmo de começar a semeadura do cereal, tanto que os agentes de mercado tomaram suas decisões em cima disso. Entretanto, o clima desfavoreceu o desenvolvimento das plantas vindo a comprometer parte da produção esperada para o segundo semestre de 2016.

A produtividade no Estado, segundo último levantamento do Imea, revela uma média de 79,4 sacas de milho colhidas por hectare. O resultado é 26,9% menor que as 108,6 sacas constatadas na safra anterior.

Conforme o Imea, pelo lado da demanda, nota-se um grande impacto da perda produtiva sobre a expectativa de exportação que recuou de 18,69 milhões de toneladas verificados na safra 2014/2015 para 12,84 milhões de toneladas neste ciclo 2015/2016.

O consumo interno deve cair 1,97% de 3,42 milhões de toneladas para 3,35 milhões, enquanto o consumo interestadual de 4,40 milhões para 4,02 milhões de toneladas, no comparativo de uma safra com a outra.

Preços

A quebra na safra e a perspectiva de baixos estoques pressionam a cada dia os preços no mercado interno. Em Mato Grosso nesta quarta-feira, 13 de julho, a saca de 60 quilos de milho à vista varia entre R$ 25,85 em Ipiranga do Norte e R$ 31,90 em Alto Araguaia. O preço médio no Estado em julho é de R$ 27,63, montante superior aos R$ 15,50 verificados o ano passado.

A falta do cereal e o aumento de seu preço preocupam diversos setores, principalmente a avicultura e a suinocultura, onde o milho é o principal componente da ração.

Na suinocultura, como o Agro Olhar já comentou, produtores começam a cortar gastos e até mesmo a deixar a atividade, diante a crise que assola o setor há cerca de um ano devido o alto custo de produção, motivado pelo cereal, e a baixa remuneração.
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