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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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DEFESA ANIMAL

Indea e Acrismat farão testes de sorologia em suínos de 320 propriedades em Mato Grosso

Foto: Chico Valdiner/GCom-MT

Indea e Acrismat farão testes de sorologia em suínos de 320 propriedades em Mato Grosso
Suínos em 320 propriedades, localizadas em 107 municípios de Mato Grosso, passarão por testes de sorologia. O teste obrigatório servirá para manter Mato Grosso na condição de estado livre da Peste Suína Clássica (PSC), status conquistado após reconhecimento feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio deste ano.

A expectativa é que sejam colhidas e analisadas 1,8 mil amostras no Estado.

Para a realização dos testes nos animais, kits para coleta de material foram doados pela Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat) e pelo Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa). Pela Associação foram doados todo o material laboratorial para a realização das coletas, enquanto pelo Fesa 40 kits com centrífugas de sorologia.

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O Indea, com os equipamentos em mãos, realizará o treinamento de 74 médicos veterinários, localizados nas 13 Unidades Regionais de Supervisão do Estado. Tais profissionais serão responsáveis por acompanhar a coleta.

O teste de sorologia, segundo a Acrismat, é uma determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e é realizado em animais de subsistência, mais conhecidos como "suínos de fundo de quintal", uma vez que os suínos comercializados por granjas credenciadas são constantemente avaliados para validar a qualidade da carne.

O presidente do Indea, Guilherme Nolasco, pontua que a defesa sanitária é importante para o setor produtivo, até porque Mato Grosso exporta para mais de 100 países. "A mola propulsora da nossa economia é o agronegócio e, para manter este patamar, os demais países necessitam saber do status sanitário, da segurança alimentar. Hoje vendemos, pois temos essa garantia de origem e a segurança de produzir alimentos confiáveis".

Mato Grosso, conforme o presidente da Acrismat, Raulino Teixeira, está há anos livre da doença e é preciso manter esse status para que Mato Grosso possa conquistar novos mercados. "Dentre as diretrizes da associação, está o apoio sempre que possível para as atividades que garantam a sanidade e a qualidade da carne suína, favorecendo a categoria", ressalta.

O secretário executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues de Castro Junior, afirma que a preocupação com a qualidade sanitária é o que torna o setor parceiro do Governo do Estado, principalmente pelo fato de países e outros Estados que fazem fronteira com Mato Grosso, como o Pará, ainda registrarem casos da peste suína clássica.

Os 40 kits com centrífugas entregues pelo Fesa-MT tiveram investimentos na ordem de R$ 88,5 mil. Segundo o presidente do Fesa-MT, Rui Prado, a questão sanitária animal é de total interesse dos produtores. "É de nosso interesse garantir a qualidade sanitária de nossa produção, pois se trata da garantia de mercado".

Atualmente a suinocultura em Mato Grosso gera 3.505 empregos diretos e 10.515 indiretos. Ao todo são 416 granjas comerciais espalhadas em 33.678 propriedades cadastradas no Estado. O Estado possui um plantel de 1,5 milhão de cabeças de suínos, dos quais 138 mil são matrizes.
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