Pesquisadores de vários institutos e especialistas apresentam nesta quarta-feira (28/11), em Brasília, o resultado de estudos de viabilidade econômica para a troca de práticas tradicionais utilizadas atualmente nas propriedades rurais por técnicas e sistemas sustentáveis da agricultura de baixo carbono. Os estudos serão detalhados durante o Seminário de Lançamento da 3ª Edição do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono (ABC), nesta quarta-feira, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entre 9h e 16h10.

A realização do seminário é parte de um projeto desenvolvido pela CNA e a Embaixada Britânica desde o ano passado. Com esta parceria, será possível difundir as técnicas agropecuárias menos emissoras de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e também as regras dos financiamentos do Programa da Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo federal. Como parte do projeto, foi elaborado o Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que terá sua terceira edição divulgada na quarta-feira. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Banco do Brasil, Bradesco e Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf) também são parceiros da CNA no projeto.

Para viabilizar os estudos que serão apresentados durante o seminário, pesquisadores do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE); da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac); do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP); e da Universidade Estadual Paulista (UNESP) avaliaram os impactos econômicos da adoção de técnicas da agricultura de baixo carbono nos segmentos de silvicultura, cana-de-açúcar, fruticultura, pecuária de leite e de corte e suinocultura.

Plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de áreas degradadas, fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas e tratamento de dejetos animais estão entre as práticas da agricultura de baixo carbono. São menos poluidoras porque emitem menor quantidade de GEEs, responsáveis pelo aquecimento global. Diante da importância dessas práticas, o Governo federal tem oferecido recursos aos produtores por meio do Programa ABC. No atual ano-safra, 2012/2013, estão disponíveis R$ 3,4 bilhões em crédito.