Mato Grosso teve seu primeiro caso de ferrugem asiática em soja comercial 2016/2017 confirmado no município de União do Sul. A confirmação da presença da doença foi feita pelo doutora Solange Bonaldo, fitopatologista da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) do campus de Sinop.
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizie e considerada uma das doenças de maior importância para a cultura da soja na atualidade, juntamente com a ferrugem asiática e a Helicoverpa armigera.
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Em Mato Grosso a doença foi descoberta na safra 2004/205 e estima-se que após 11 anos ela tenha causado prejuízos na ordem de US$ 30 bilhões para o Brasil.
De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), o primeiro foco da ferrugem asiática foi identificado no dia 03 de dezembro em uma propriedade de União do Sul, ao norte do Estado.
O foco foi identificado no campo pela 2ª vice-presidente Norte e coordenadora da comissão de Defesa Agrícola da Associação, Roseli Giachini, e posteriormente confirmado pelo laboratório da UFMT de Sinop.
“A doença foi encontrada na variedade M 8372 IPRO, em R5, que é a fase de enchimento de grãos. Na área, foram feitas duas aplicações preventivas de fungicidas”, conta Roseli.
O diretor técnico da Aprosoja-MT, Nery Ribas, salienta que os agricultores devem permanecer alertas e monitorar as lavouras, ajustando os manejos preventivos.
“Além da atenção redobrada, é preciso usar fungicidas com diferentes modos de ação”, orienta Nery Ribas.
Recentemente, segundo a Embrapa, foram confirmados um caso de ferrugem asiática em Amambaí no Mato Grosso do Sul, além de dois do estado de São Paulo e um no Paraná.