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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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O preço do Carnaval:

Folião deve gastar pelo menos R$ 847 durante festa e cuiabanos mostram como economizar

Foto: Reprodução/Internet

Folião deve gastar pelo menos R$ 847 durante festa e cuiabanos mostram como economizar
Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) prevê que mais 72 milhões de pessoas ocuparão as ruas do país durante o Carnaval, gastando no período uma média R$ 847,35 cada. Contudo, o montante, que inclui gastos com alimentação, bebidas, protetor solar, preservativo e fantasias, pode apresentar margem bastante elástica. É isso que provam foliões cuiabanos, que contaram ao Agro Olhar como o planejamento pode estrapolar esta estimativa para menos ou para mais.

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É o caso da tatuadora Juliana Fernandez, que tem por meta gastar R$100 durante os cinco dias de festa. Para isso, uma de suas apostas é o bloco de rua das Panteras Negras, do qual seus amigos fazem parte. A participação é gratuita. “Se não fosse por isso, eu provavelmente ficaria em casa. O meu plano agora é sair todos os dias depois de ter jantado. Também já comprei bebida, então vou levar um pouco comigo para gastar menos, e, sempre que possível, vou tentar voltar pra casa de carona, ou rachar o Uber com alguém”, conta.

A assistente social Bruna Bólico, por sua vez, investiu em um planejamento um pouco mais ostensivo e vai passar a semana toda no Rio de Janeiro com dois amigos. As passagens custaram R$ 380 e foram compradas em novembro do ano passado, quando estavam mais baratas. Na cidade maravilhosa eles trocarão as festas fechadas e desfiles na Sapucaí por blocos de rua. “Fora a passagem e hospedagem, iremos gastar com transporte e alimentação basicamente.”

Para aumentar a economia, Bruna também é responsável por criar as próprias fantasias. “Eu mesma faço. Compro os materiais e vou criando, aproveito alguns acessórios de outros carnavais. Então fora a passagem e hospedagem, iremos gastar só com transporte e alimentação basicamente.” Em seu quinto carnaval no Rio, ela recomenda a reserva em hostels como melhor opção de hospedagem. Outra dica é ficar em hostel. Além de ser barato, você faz amizade com gente de vários lugares.

De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), a cifra de R$ 847, 35 sobe para R$ 969,10 entre os homens e para R$ 1.185,42 entre as pessoas das classes A e B. Além disso, o estudo mostra que 48% dos brasileiros devem realizar alguma compra ou contratação de serviços para aproveitar os dias de feriado. Os que não devem consumir produtos relacionados ao Carnaval somam 27% dos entrevistados, enquanto 25% mostram-se indecisos.

Segundo o superintendente da entidade, Fábio Granja, não é só o setor alimentício e de bebidas que movimenta nesse período. “O carnaval não é só uma grande festa popular, ele movimenta de forma significativa a economia do País. Setores como a indústria do turismo e empresas de comércio e serviços também são beneficiadas nesses dias e se preparam para atender a uma demanda de consumo diversificada”, afirma.

 
Felicidade não tem preço

O casal de aposentados Davi Getúlio, 61 e Beth Mato Grosso, 60, representam o nicho dos aficionados pela festividade. Há 18 anos eles desfilam por famosas escolas de samba cariocas e, para não acabar com a alegria da ocasião, preferem não contabilizar as despesas. Entretanto, contam já ter gastado R$2500 somente com uma fantasia, em um dos anos que desfilaram pela Mangueira. O alto preço se justifica também pela escolha de ambos por comprar, sempre, em cima da hora.
 
O casal Davi e Beth com suas fantasias/Foto: Rogério Florentino
Para amenizar o cálculo, eles ficam há quinze anos no mesmo hotel, o ‘Fluminense’, na Lapa, e conseguem um bom desconto pela fidelidade com a empresa. “Tem uns 15 anos que nós ficamos só em um hotel, a gente já é quase sócio-proprietário desse hotel, Hotel Fluminense, na Lapa, então a gente já tem uma convivência tão grande dentro desse hotel que eles fazem um preço bem legal pra gente. Também a gente fica 15 dias... ano passado a gente foi em outubro pra pegar a escolha do samba-enredo. A gente ficou 15 dias, né? Ai a gente pega de várias escolas”, diz Beth.

Ela também explica que cada fantasia pertence a uma ala e que estas são divididas, incluindo as que são coreografadas. Nestes casos os participantes tem que estar um mês antes na comunidade pra ensaiar“Sempre compramos a fantasia na hora. Uma vez compramos antecipada, com um amigo nosso, cujo a irmã é da diretoria do Império Serrano. Mandaram o prospecto, gostamos da fantasia, e compramos. Foi R$700 cada uma. Ai chegamos lá e era diferente. Pagamos uma e tivemos que pegar outra. Paga muito mais caro, mas preferimos pagar na hora. Prazer não tem preço.”

Davi finaliza:“Não deixa a gente fazer conta... se a gente fizer conta a gente não vai mais!”


Os números do consumo

O levantamento do SPC Brasil revela ainda, que, o consumo de cerveja e idas a bares e restaurantes serão os principais gastos. A maior parte dos consumidores deve reduzir os gastos com o Carnaval ou mantê-los parecidos com os do ano passado. Quatro em cada dez (40%) entrevistados planejam gastar menos, enquanto 32% vão desembolsar a mesma quantia que em 2017. Os que pretendem aumentar os gastos somam 21% da amostra.

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O consumo de bebidas, como cerveja (57%), refrigerantes (52%) e água (52%), além de lanches (51%) e protetor solar (43%) serão os produtos mais consumidos no Carnaval deste ano. Destaca-se ainda que três em cada dez (31%) entrevistados devem adquirir alguma fantasia ou adereços para comemorar o feriado e 24% vão comprar preservativos.
Reprodução - Internet
Considerando os serviços, os mais procurados devem ser os de bares e restaurantes (50%), taxis ou serviços de transporte por aplicativos (31%), passagens aéreas (24%) e hospedagens em hotéis e pousadas (23%). 66% dos consumidores vão concentrar compras em supermercados. Apesar da inflação baixa, sensação é de que Carnaval está mais caro.

Os supermercados são os locais que devem concentrar a maior parte das compras ligadas ao Carnaval: 66% dos consumidores devem frequentar algum desses estabelecimentos. Em segundo lugar aparecem os shopping centers (30%), em terceiro as lojas de rua (30%) e logo depois, as lojas de departamento (27%).
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