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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Sindicato aponta que prejuízos em frigoríficos atingem cifras absurdas com greve de caminhoneiros

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sindicato aponta que prejuízos em frigoríficos atingem cifras absurdas com greve de caminhoneiros
O Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo/MT) informou que os prejuízos causados pela greve dos caminhoneiros, que entrou no oitavo dia nesta segunda-feira (28), atingem cifras absurdas nas empresas. Por enquanto, estão descartadas demissões em massa. Além disto, a estimativa é que demore dois dias, após o fim da greve, para que o abate seja reestabelecido.

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“Todos [os frigoríficos] estão parados. Amanhã continuará. Mesmo se acabar hoje, reestabelece só na quarta-feira. O boi é abatido aqui, você tem que comprar um dia antes, tem um descanso, se não interfere na qualidade da carne. Hoje e amanhã podemos dizer que está prejudicado. Se for liberar, será de forma gradativa”, explicou ao Olhar Agro & Negócios o diretor-executivo do Sindifrigo, Jovenino Borges.
 
Conforme o sindicado, as empresas acabaram dando folgas para seus funcionários. Isso porque não há como mantê-los nos locais sem fazer nada, já que haveria despesa com almoço e outras coisas. Por enquanto, não são cogitadas demissões em massa. Ao todo, no Estado, são mais de 21 mil empregos diretos.
 
“Os prejuízos atingem cifras absurdas. Cada empresa tem seu custo elevado. Não tem como falar o prejuízo, porque depende de cada um. Quem tem mais funcionários, toma um maior prejuízo. Existe o custo fixo de energia, manutenção. Ficar parado dez dias é um baque muito grande”, comentou o diretor.
 
“Não temos como fazer muita coisa em uma situação destas. Não adianta ter mandado de segurança, você ganha, mas não leva. É um movimento nacional, não adianta, é preciso um acordo. Os estoques estão lotados, por isso suspenderam o abate. A câmara fria está lotada, as vezes tem até carreta com carne dentro estocada. Custo fixo não tem como reduzir, tudo tem que pagar”, acrescentou.
 
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, declarou que a greve dos caminhoneiros, que já está acontecendo há uma semana pode se transformar em um grave conflito social, caso continue. Em nota enviada a imprensa na tarde deste domingo (27), ele também pediu bom senso e que o movimento suspenda a paralisação por 15 dias.
 
“Penso que o bom senso deve prevalecer e o movimento deve ser suspenso por 15 dias, até que o mercado seja reabastecido, hospitais tenham insumos, supermercados, fábricas de ração. A economia brasileira está sendo asfixiada. Todos estamos na iminência de um grave conflito social”, disse o ministro.
 
No texto, Maggi ainda diz que as coisas já estão fora de controle na agricultura e na pecuária, com bilhões de aves e suínos ameaçados de morte pela falta de alimentos.
 
Os caminhoneiros estão passando dia e noite nos pontos de bloqueio. A comida e água que recebem, são de doações. Além disto, acrescentaram que só pretendem desmobilizar o movimento quando o problema for resolvido.
 
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã desta segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.
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