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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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fim da greve

Sindipetróleo chama governo Temer de irresponsável e não garante redução de R$ 0,46 no diesel

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sindipetróleo chama governo Temer de irresponsável e não garante redução de R$ 0,46 no diesel
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso, por meio de seu presidente e empresário do ramo de combustíveis Aldo Locatelli, emitiu nesta sexta-feira (1) uma nota de repúdio sobre o anúncio de redução de preços do combustível, feito pelo governo federal, como acordo para o fim da greve. Segundo a nota, a atitude do governo foi irresponsável, “falseando a verdade para a sociedade e transferindo ao revendedor ônus que não lhe cabe”.

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O presidente Michel Temer anunciou, no último domingo (27), que iria reduzir o diesel em R$0,46 o litro, nas bombas, já a partir desta sexta-feira (1), e que o preço seria mantido por 60 dias. A decisão veio depois de uma semana de paralisação dos caminhoneiros no Brasil. Na quinta-feira (31), ainda foi anunciado que os postos que não reduzirem o valor poderão ser multados em até R$9,4 milhões.

Segundo o Sindipetróleo, no entanto, é preciso aguardar para verificar qual será o repasse de redução no diesel pelas distribuidoras e, só a partir daí, se saberá quanto de redução chegará ao consumidor final.

“O presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, se reuniu hoje pela manhã com representantes do governo para esclarecer como foi formulada a determinação e solicitar garantias estatais para que a redução chegue, efetivamente, aos postos. Os revendedores não possuem condições financeiras de arcar com a queda no valor do diesel, sendo que existem outros elos responsáveis também pela formação de preços”, diz a nota.

Por fim, o sindicato repudiou a atitude do governo federal, e chamou o anúncio de irresponsável. Leia a íntegra da nota:

O Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso) externa a preocupação da revenda com o anúncio do Governo Federal de que o preço do diesel sofrerá redução de R$ 0,46 por litro nas bombas já a partir desta sexta-feira (1º/06).

Muitas foram as ligações ao sindicato com o seguinte questionamento: “Minha companhia distribuidora não repassou a redução de R$ 0,46 no diesel prometida pelo governo. Vou ser multado?”

Segundo o governo, o posto que não reduzir o diesel neste valor poderá ser multado em até R$ 9,4 milhões.

O presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, se reuniu hoje pela manhã com representantes do governo para esclarecer como foi formulada a determinação e solicitar garantias estatais para que a redução chegue, efetivamente, aos postos. Os revendedores não possuem condições financeiras de arcar com a queda no valor do diesel, sendo que existem outros elos responsáveis também pela formação de preços.

No intuito de ser transparente, ético, honesto e objetivo com a população, o Sindipetróleo ressalta que será necessário aguardar para verificar qual será o efetivo repasse de redução no diesel pelas distribuidoras. Só a partir daí é que se terá a real ideia de quanto o consumidor receberá de redução oferecida pelas distribuidoras.

O Sindipetróleo repudia a forma irresponsável do anúncio efetivado pelo Governo Federal,  falseando a verdade para a sociedade e transferindo ao revendedor ônus que não lhe cabe, tentando transformá-lo, mais uma vez, em vilão dos preços altos dos combustíveis, ônus este que, como felizmente já é de conhecimento da população, cabe à imensa carga tributária que pesa sobre o setor e à política de preços e margem de lucro da Petrobras.

Aldo Locatelli

Presidente do Sindipetróleo


Briga local

Na última terça-feira (29), o sindicato também se pronunciou afirmando que a declaração do governador Pedro Taques, de que o diesel diminuiria R$0,17 na bomba, estava equivocada. O governador havia anunciado na segunda-feira (28) um congelamento no PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final), que é utilizado como base de cálculo para cobrança de ICMS, como uma das alternativas para encerrar a greve dos motoristas de caminhões.

Ao Olhar Direto, a assessoria de imprensa da Secretaria de Fazenda explicou que os R$ 0,17 anunciados pelo governo correspondem ao cálculo do PMPF do dia 15 de maio e que caso o valor congelado não chegue na bomba é em consequência do mercado, que pode diminuir ou aumentar o preço.

Greve

A mobilização dos caminhoneiros foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã da do último dia 21 de maio. Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirmava que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A greve durou dez dias e trouxe consquencias para todo o país, como desabastecimento de postos de combustível e supermercados.
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