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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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ANP registra queda de quase 20% no preço do etanol em MT; postos chegam a cobrar R$2,41

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

ANP registra queda de quase 20% no preço do etanol em MT; postos chegam a cobrar R$2,41
Desde o início da quarentena, o preço do etanol e da gasolina despencou nas bombas de combustível de todo o país. Em Mato Grosso não foi diferente. Somente da última semana de março até hoje, o etanol caiu, em média, 18,59%, e a gasolina, 8,95%. Alguns postos chegam a vender o etanol, que no final de março custava em média R$3,28 o litro, a R$2,41/L.

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Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, que faz a fiscalização da média semanal. A gasolina, em quatro semanas, caiu de R$4,58 a R$4,17; já o etanol, teve queda de R$3,28 para R$2,67, em média, chegando a números menores ainda nas bombas dos postos. Veja:
 
Preço médio da gasolina nas últimas quatro semanas em Mato Grosso:
R$4,58 (22/03 a 28/03); R$4,43 (29/03 a 04/04); R$4,20 (05/04 a 11/04) e R$4,17 (120/4 a 18/04).
 
Preço médio do etanol nas últimas quatro semanas em Mato Grosso:
R$3,28 (22/03 a 28/03); R$3,19 (29/03 a 04/04); R$2,83 (05/04 a 11/04) e R$2,67 (12/04 a 18/04).
 
E a queda não deve parar. Isto porque a Petrobrás já anunciou a redução do preço do diesel e da gasolina, em decorrência da queda no preço do petróleo. Nesta segunda-feira (20), segundo o Canal Rural, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex e com entrega em maio caiu 51,99%, cotado a US$ 8,78 o barril, enquanto o contrato para junho baixava 9,14%, a US$ 22,75 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com entrega para junho recuava 5,02%, cotado a US$ 26,67.
 
Na refinaria, o preço da gasolina deve cair 8% a partir desta terça-feira (21).  No entanto, o repasse para os distribuidores depende de fatores como margens de revendedores, mistura de biocombustíveis e impostos.
 
Covid-19
 

Apesar desta queda expressiva, os preços devem continuar diminuindo caso o isolamento horizontal continue. Segundo Ludmila Sena, que advoga para postos de combustível, a razão são os efeitos econômicos globais causados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
 
“Como houve paralização das atividades e não está havendo circulação de pessoas, já há, em média, uma queda de 60% nas vendas de combustível em Mato Grosso”, afirmou. “E continuando este isolamento horizontal a tendência é ciar mais, porque as usinas também não têm onde armazenar este produtos”.
 
Segundo a advogada, os donos de postos urbanos já registraram uma queda no volume de, em média, 11,20%. A principal preocupação é atuar para manter a solidez das empresas e os empregos. “Como o mercado em Mato Grosso e Cuiabá era bem complexo em relação a preços - existia uma guerra de preços - isso afetava o mercado num todo, e os pequenos postos acabavam não tendo como se manter. Esses postos com volume menor tendem a sofrer mais. Eles já atuavam no volume mínimo, então a tendência é estes postos fecharem”, lamenta.
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