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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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UNIDADES FECHADAS

Corte de 50% da verba do Governo Federal causa demissão de 200 funcionários da Fiemt

Foto: Reprodução

Corte de 50% da verba do Governo Federal causa demissão de 200 funcionários da Fiemt
O corte de 50% da verba pelo Governo Federal causou o fechamento das unidades físicas do Sesi e Senai de Cáceres, Juína e Senai Barra do Garças. Como consequência, cerca de 200 funcionários foram demitidos. A Medida Provisória 932/2020, de 31 de março, altera as alíquotas de contribuição aos serviços e reduz por três meses as contribuições que são recolhidas pelas empresas para financiar o “Sistema S”. A medida consta no pacote emergencial de ações para conter os impactos do coronavírus na economia.

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O impacto do corte nos recursos somado à crise gerou uma perda de R$ 30 milhões ao Sesi e Senai MT em 2020. Isso corresponde a 20% da arrecadação prevista para todo o ano. Por isso, as unidades cuja sustentabilidade dependia majoritariamente da contribuição compulsória tiveram que ser desativadas.

O fechamento foi imediato em Barra do Garças e Juína. Em Cáceres, todas as atividades existentes ficarão concentradas na unidade do Senai até que sejam concluídas e a unidade também suspenda o funcionamento. Também será suspensa a inauguração da unidade Senai em Alta Floresta, que está em construção. Já em Rondonópolis, o Sesi vai funcionar no mesmo prédio da unidade Senai.

A diretora regional do Senai MT e superintendente do Sesi MT, Lélia Brun, esclarece que os atendimentos continuarão disponíveis em todos os municípios do estado, seja por meio das unidades móveis, atendimentos não presenciais ou nas indústrias. “Não gostaríamos de fechar nenhuma unidade. Passamos semanas estudando profundamente todos os cenários, tomamos inúmeras medidas para reduzir custos e ampliar receitas, mas ainda assim essa medida foi inevitável. Precisamos ser realistas se quisermos dar continuidade à nossa atuação pelo desenvolvimento industrial de Mato Grosso”, afirma.

Com o fechamento, haverá remanejamento de pessoas e também cortes de vagas nas duas instituições, afetando cerca de 15% do total dos profissionais. Ainda de acordo com Lélia Brun, a decisão pelos cortes foi uma decisão muito difícil. “Fizemos todas as projeções e estudos possíveis. Reduzimos a carga horária e os salários por 90 dias, reduzimos custos, renegociamos e cancelamos contratos com fornecedores, cancelamos eventos, proibimos despesas com viagens e diversas outras ações. Com o fechamento das unidades, buscamos remanejar o máximo de pessoas que pudemos, para minimizar a necessidade de cortes. Mas, infelizmente, a redução do recurso foi muito impactante para as nossas instituições”, ressalta.

O presidente do Sistema Fiemt, Gustavo de Oliveira, destaca que tanto o Sesi quanto o Senai continuam engajados no combate à crise, atuando em todas as frentes possíveis. “O Senai adaptou a estratégia durante este período e está produzindo diversos produtos voltados à saúde. São milhões de máscaras cirúrgicas sendo fabricadas dentro de unidade Cuiabá, em parceria com o governo do estado, protetores faciais de acetato fabricados e doados ao sistema público de saúde, máscaras de tecido, toucas hospitalares, além da manutenção de respiradores e da fabricação de cápsulas de oxigenação para teste nos hospitais”, lembra.

As duas instituições continuam atendendo a todos os municípios de Mato Grosso, tanto com as unidades móveis quanto a distância ou por meio das unidades operacionais presentes nos municípios. O Senai possui unidades em Cuiabá (Porto e Distrito Industrial), Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Barra do Bugres e Aripuanã, além da Fatec.  O Sesi está presente em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop.
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