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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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POLÊMICA NO CAMPO

Neri nega atuar para defender tradings e rebate Euclides: “Não vou discutir com lobista de RJ”

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Neri nega atuar para defender tradings e rebate Euclides: “Não vou discutir com lobista de RJ”
Acusado de atuar a favor das tradings, o deputado federal Neri Geller (PP) rebateu as críticas do advogado Euclides Ribeiro (Avante), especialista em processos de recuperação judicial (RJ) de grandes produtores rurais. O jurista questionou o parlamentar, por conta do debate quanto a exclusão ou não da Cédula do Produto Rural (CPR) na RJ.

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Neri tem trabalhado para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a trecho da lei 14.112/2020, e excluir a CPR dos processos. Já Euclides afirma que tal derrubada vai contra o trabalho dos produtores rurais e busca garantir uma espécie de “blindagem do crédito” e dos respectivos bens vinculados à cédula.

Neri nega que esteja agindo a mando e defesa das tradings. Reforça que a derrubada do veto é necessária para favorecer o médio e pequeno produtor que enfrenta maior dificuldade em conseguir apoio financeiro para sua produção, já que os agentes financeiros colocam mais empecilhos.

“Não vou discutir com lobista de recuperação judicial. Não estou preocupado com as tradings, mas com o produtor que precisa pegar para 500 hectares. Aquele produtor que tem restrição financeira e não consegue pegar com agente financeiro e vai a uma revenda, que vende os insumos para ele, o produtor dá uma CPR, e a revenda endossa essa cédula para uma multinacional e compra os insumos agrícolas. Um sistema que funciona”, disse, ao Olhar Direto.

O deputado voltou a alertar que a recuperação judicial é uma ferramenta importante e deve ser utilizada por aqueles produtores sérios, que sofreram de fato com intempéries, crise de câmbio, mercado internacional, e precisam desse alongamento para honrar seus compromissos.

Além disso, declarou que dizer que atua contra o produtor é não respeitar a sua trajetória. “É se utilizar de má-fé para defender o calote na praça, desrespeitando a minha trajetória de luta pelo agro e pela concessão de crédito aos pequenos e médios”.
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