O Instituto Mato-Grossense de Algodão (IMAmt) registrou nesta pré-safra o melhor resultado relativo ao monitoramento e controle do bicudo-do-algodoeiro. Os dados levam em consideração os estudos realizados desde a safra 2012/2013. Uma das ações para garantir a solução para o problema está na mobilização de equipes de monitoramento de armadilhas nas propriedades rurais, além da disponibilização de um corpo de pesquisadores voltados efetivamente ao combate à praga.
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Dados obtidos do Programa de Monitoramento do bicudo-do-algodoeiro do IMAmt, revelam que em todas as regiões de Mato Grosso as médias de captura foram inferiores a um. Isso significa que foram encontrados menos de um besouro por armadilha em uma semana, classificando todas as regionais como zona azul, o que significa de baixo risco para as plantações.
O bicudo-do-algodoeiro é a principal praga da lavoura do algodão no Brasil e atualmente é responsável por perdas de produtividade de até 75%, quando o manejo não é realizado de maneira efetiva. Por isso, para conseguir desenvolver uma safra mais tranquila que a de 2020/2021, o IMA segue com o acompanhamento efetivo das plantações.
Guilherme Gomes Rolim, pesquisador do IMAmt, explicou que no monitoramento e busca pela redução efetiva da praga, o instituto tem sido uma ferramenta essencial para auxiliar os produtores. Ele ressalta ainda que, além de todo o esforço de supervisão realizado pelas equipes, um corpo de pesquisadores está trabalhando especificamente com esse foco, como a equipe de etimologia, que atua como facilitadores das reuniões dos Grupos Técnicos do Algodão (GTA).
“Nessas reuniões o IMAmt atua como um facilitador e muitas das vezes como anfitrião, recebendo fazendeiros na casa do produtor em todo Mato Grosso. Passamos informações para as equipes, realizamos pesquisas semanalmente e redigimos alertas de monitoramento de praga que são enviados via Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão e aplicativos de mensagens, para que assim possamos discutir estratégias para o manejo do bicudo”, conta.
O especialista fala ainda que essas ações e reuniões ocorrem desde 2015. Nelas, são discutidos temas referentes à cotonicultura de forma intensiva, mas o foco de atuação tem sido o combate ao besouro, que é a principal praga da cultura. “Sempre estamos levando informações sobre os melhores controles e estratégias para os fazendeiros”, fala.
“Hoje nós mantemos um trabalho de monitoramento de resistência para outras moléculas, como no caso da malationa, que é o produto mais utilizado para o controle do bicudo”, afirma.
Todos esses estudos são feitos para que a pré-safra 2021/2022 seja mais tranquila do que a anterior. Contudo, o pesquisador frisa que ainda assim, as ações de prevenção e os cuidados com manejo devem continuar com o mesmo rigor.