Olhar Agro & Negócios

Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Agronegócio

PREJUÍZO

Em meio à crise hídrica, safra de soja em Mato Grosso deve ter quebra de 20%, diz pesquisa da Aprosoja

Foto: Ascom/Aprosoja

Em meio à crise hídrica, safra de soja em Mato Grosso deve ter quebra de 20%, diz pesquisa da Aprosoja
As ondas de calor e a redução das chuvas em Mato Grosso devem quebrar a produção da safra 2023/24 de soja em cerca de 20%, segundo pesquisa feita pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). O levantamento foi realizado com mais de 600 associados, abrangendo uma área de 862 mil hectares, ou 7,10% de toda área de soja em  Mato Grosso.

Leia também
Em meio à possibilidade de quebra de safra, Mauro alerta para dificuldades financeiras em 2024 e diz que receita vai ser impactada

 
A pesquisa também aponta que os sojicultores do estado devem colher 36,15 milhões de toneladas nesta temporada, 9,16 milhões a menos que na safra anterior, quando a produção foi de 45,31 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). 
 
A redução é pautada, principalmente, pela menor produtividade, que deve cair de 62,30 sacas por hectare para 49,68 sc/ha, nas propriedades pesquisadas.
 
De acordo com o projeto Aproclima, da Aprosoja-MT, as temperaturas máximas se mantiveram acima da média em relação às registradas na safra passada, chegando até a casa dos 44°C. Em Água Boa, região Leste de Mato Grosso, por exemplo, a máxima de outubro de 2023 foi de 43°C, ante 40°C em 2022. Já em novembro, a máxima foi de 40°C, contra 37 °C no mesmo período de 2022. 
 
No Médio-Norte, no município de Vera, a redução no volume de precipitação também chama a atenção. Nos meses de setembro, outubro e novembro deste ano, o volume de chuvas foi 52% menor que no mesmo período de 2022. 
 
Os produtores também responderam sobre a situação das áreas plantadas. Em média, 34,31% das lavouras estão em boa ou ótima situação, 37,7% estão regulares e 27,58% estão ruins ou péssimas. O estudo também aponta que a situação pode se agravar caso não ocorram chuvas regulares nas próximas fases de desenvolvimento das plantas.   
 
Redução da área de milho segunda safra 

O cenário de seca também provocou o atraso no plantio da oleaginosa e comprometeu a janela de semeadura do milho segunda safra, que deve ter área reduzida em 24,59%, aponta o levantamento. Segundo o Imea, o atraso na semeadura da soja nesta temporada é maior que a média dos últimos cinco anos. 
 
A maior redução da área de milho segunda safra deve ser registrada na região Oeste, dentre as propriedades pesquisadas. Por lá, a redução pode ser de 42,31%. Já na região Leste, a redução deve ser de 25,42%; no Norte, 16,83% e, na região Sul, a área plantada do cereal deve ser 13,83% menor que na temporada anterior.
 
Além dos dados da pesquisa, equipes da Aprosoja/MT e do Imea, na expedição MT Clima e Mercado, percorreram mais de 8 mil quilômetros acompanhando in loco a situação das condições das lavouras. 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet