A cultura do girassol tem enfrentado uma queda contínua na área cultivada em Mato Grosso, estado que já foi referência nacional na produção da oleaginosa. A tendência de retração, que se intensificou nos últimos anos, reflete mudanças no cenário agrícola, motivadas por fatores agronômicos, econômicos e logísticos.
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Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), produtores têm optado cada vez mais por culturas de segunda safra com maior rentabilidade e liquidez, como milho, algodão, feijão-caupi e gergelim. A valorização do milho no mercado, aliada às boas condições climáticas para o cultivo, tem sido decisiva para a substituição do girassol, cuja produção tem migrado para estados como Goiás.
Apesar disso, o girassol continua sendo uma cultura de grande potencial. A planta se destaca pela alta adaptabilidade às condições climáticas do Brasil, suportando bem períodos de seca, frio e calor. Seu grão é utilizado na produção de óleo de excelente qualidade, com destino às indústrias alimentícia e de biodiesel.
Além disso, o farelo gerado no processo é uma fonte rica de proteína para ração animal. Mesmo com esses benefícios, em Mato Grosso, a pouca área ainda cultivada será voltada à produção de ração para pássaros.