O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), João Carlos Baldasso, destacou a necessidade de criar o hábito do diálogo entre o governo e o setor privado, durante o 1º Encontro Anual do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNABF), que acorreu na última terça-feira (18), em Brasília. “Desta forma podemos buscar alternativas que, realmente, viabilizem o setor florestal de forma geral”, avaliou Baldasso.

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O presidente do Cipem participou da roda de debates sobre o tema ‘Estrutura Estratégica do Governo Sobre a Política Florestal Brasileira’. Na oportunidade, Baldasso apontou que é fundamental executar ações imediatas para alavancar o segmento. “É importante que os setores público e privado entendam que as atitudes precisam ser tomadas em caráter de urgência para que o setor da floresta nativa não pereça nos próximos anos", alertou.

De acordo com a assessoria de imprensa do Cipem, o presidente da entidade aguarda relatório apresentado por empresa de engenharia, contratada para apontar propostas ao setor florestal, para que o mesmo tenha sustentabilidade, dê frutos e continue avançando com ações práticas.

O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Millan, ressaltou a importância do setor florestal para a economia do estado. “Fico feliz em ver os setores privado e público reunidos em prol de um mesmo objetivo: o desenvolvimento florestal brasileiro. O segmento tem grande potencial e poderá ser referência para o mundo”.

Elogios

O chefe de gabinete da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Fernando Castanheira, que também participou da roda de debates, falou da organização do setor florestal em Mato Grosso. “O Cipem é exemplo de organização no que tange à Amazônia Legal. Mato Grosso tem uma grande representatividade florestal, com poucos problemas fundiários e um potencial gigante em desenvolvimento”.

Contudo, Castanheira citou o problema da ocupação de mercado – que ainda é restrito. “Vemos que ainda tem problemas antigos e precisam dar um passo além, os potenciais precisam ser desenvolvidos com propostas e medidas concretas. Nesse evento, conseguimos visualizar, por parte do setor, o caminho que precisamos trabalhar tanto na política industrial quanto nas ações ambientais”.

O chefe de gabinete usou como exemplo as parcerias com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e WWF-Brasil que demostram o amadurecimento do setor. “Com isso, o apoio do Cipem é fundamental para melhorar a representatividade na Amazônia Legal”, destacou Castanheira.