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Avicultura

Custo de produção de ovos aumenta 30% no Estado

03 Set 2012 - 11:16

Especial para o Agro Olhar – Thalita Araújo

Foto: Thalita Araújo

Granja Campo Verde

Granja Campo Verde

Produzir ovos de galinha já está 30% mais caro em Mato Grosso nos últimos meses, e é possível chegar a um impacto ainda maior na produção, de até 40%. A avaliação é de Hênio Stragliotto, proprietário da Granja Campo Verde, que leva o nome no município onde está instalada e é uma das três maiores do Estado.

O encarecimento da produção na granja vem em decorrência do aumento de preço de importantes e fundamentais matérias-primas, a alimentação das aves, composta principalmente de farelos de milho, soja e carne.

Stragliotto explica que o farelo de milho está 30% mais caro, e nem é a maior preocupação. Os farelos de soja e de carne tiveram nos últimos meses uma elevação de preço na casa dos 60%.

O avicultor diz que, por hora, não deverá implantar cortes significativos na produção, que é de 800 mil ovos por dia. No entanto, o momento pede bastante cautela e algumas ações na empresa.

O consumidor já pode sentir nos últimos meses um aumento no preço dos ovos, mas não na mesma proporção em que aumentou o custo de produção. “O consumidor já sentiu alguma diferença e vai sentir mais ainda. O preço vai subir mais. Mas ele não pode absorver o impacto sozinho”, afirma Stragliotto.

O empresário ainda ressalta que, mesmo em meio a esses números, Mato Grosso está bem. Ele, que reside no Rio Grande do Sul, lamenta que naquela região do Brasil pequenos avicultores estejam sendo dizimados, incapazes de acompanhar os altos preços.

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Enquanto em Mato Grosso uma saca de milho vinha sendo vendida no máximo a 17 reais, e hoje está sendo comprada pelas granjas em torno de 22 reais, no Rio Grande do Sul o mesmo produto chega por algo entre 35 e 37 reais.

“A Conab deve prestar mais atenção. Não parece que estamos no mesmo país. Se sobra em um lugar, não deveria faltar em outro e causar o fim de muitas empresas. É um desequilíbrio muito grande”, desabafa o avicultor.

Ele analisa que setores do agronegócio brasileiro não têm uma estabilidade grande a ponto de suportar muitas oscilações. “Um ano, tudo bem. Mais que isso, acho que é complicado”, afirma.
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