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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Injeção de ânimo para o agronegócio no Amazonas

"Acreditamos que para a revolução agrícola é preciso massificar o acesso à tecnologia, através da assistência técnica", disse o Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas - FAEA, Muni Lourenço, no XII Seminário de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas, ocorrido essa semana, em Manaus.

O XII Seminário de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas reuniu líderes e representantes do setor para debater um pacote de medidas que pretende tornar o Estado autossuficiente em alimentos, dinamizando a economia dos municípios, e a consolidação de culturas tradicionais, como peixe, fibras, borracha, frutas regionais, manejo madeireiro e a pecuária. "O fomento, a mecanização do campo e capacitação devem andar juntos", destacou o Presidente da FAEA.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 276 mil postos de trabalho são gerados no campo, mais do que emprega o Pólo Industrial.

O evento foi promovido pelo Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Estado do Amazonas- (SENAR-AR/AM), com apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, SENAR e do Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas - (SEBRAE).

Apoio da Embrapa e a Agricultura de Baixo Carbono

Durante o XII Seminário de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas, o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da EMBRAPA, Celso Paulo Azevedo, ressaltou que o evento ocorre no mesmo momento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, e trouxe temas oportunos. "Não poderia ter sido melhor. A produção rural deve estar em pauta. O Programa ABC-Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, apoiada pela EMBRAPA entre outras palestras, culminam com economia verde, erradicação da pobreza e fortalecimento da economia", disse.

A FAEA, juntamente com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-AM), está apoiando, no município de Autazes (a 107 km de Manaus), um projeto de Recuperação de Pastagens pelo Sistema Integração Lavoura - Pecuária - Floresta (iLPF).

Durante palestra o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Jasiel Nunes Sousa, explicou que a estratégia integra sistemas agrícolas, pecuários e florestais. "São adotadas práticas conservacionistas como o plantio direto, a rotação e a sucessão de culturas, o consórcio de espécies, e o manejo animal", explicou Jasiel.

O sistema iLPF é recomendado para o aumento da produção em áreas já alteradas, por possibilitar a recuperação e a conservação do solo e das águas, unindo a adequação ambiental, a valoração do homem e a viabilidade econômica.

Grupo de Trabalho dos Insumos Agrominerais

A palestra sobre insumos agrominerais, realizada pelo titular da Secretaria Estadual de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), Daniel Nava, chamou a atenção dos produtores rurais.

O Governo do estado do Amazonas, por meio da (SEMGRH) está intermediando um acordo com a Companhia de Mineração de Rondônia para viabilizar a importação de calcário a preços mais competitivos.

Inicialmente o Amazonas deverá importar cerca de 10 mil toneladas de calcário por mês. "A compra direta do insumo terá impacto positivo na produção agrícola. As negociações junto ao governo de Rondônia estão sendo conduzidas pelas instituições que compõem o Grupo de Trabalho de Insumos Agrominerais".

Segundo o presidente da FAEA, Muni Lourenço, hoje o produtor rural paga caro pelo produto. "O consumidor está pagando cerca de R$ 400 por uma tonelada de calcário", ressaltou ainda que o Brasil importa entre 90% e 92% do Canadá e da Rússia.

Para o presidente do Sindicato Rural do município de Boca do Acre, Ildo Gardingo, o uso do calcário líquido já utilizado pelos produtores amazonenses, sai mais barato. "Hoje estamos importando do Estado de Rondônia para o município a solução líquida com a tecnologia de nano partículas, cinco litros equivale a uma tonelada. O preço fica em torno de R$140 reais".

O secretário de mineração, Daniel Nava, apresentou o mapa de reservas minerais do Estado. Os municípios em potencial são: Autazes, Itacoatiara,Itapiranga, Nova Olinda do Norte, Borba, Maués, Urucurituba, Nhamundá, Urucará , Silves e São Sebastião do Uatumã .
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