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Tempos difíceis

Agricultor reduz mais de 30% da produção de alface por falta de mão de obra

21 Mai 2014 - 08:29

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Agricultor reduz mais de 30% da produção de alface por falta de mão de obra
A falta de mão de obra no campo tem sido tema de discussão em importantes eventos do agronegócio e já se prevê um “apagão” na área. Na prática, o produtor José Onilson Ribeiro da Silva, de Santo Antônio da Fartura, região de Campo Verde, já sente o peso e precisou reduzir mais de 30% de sua produção de alface por falta de pessoas no trabalho.

Ele produzia em média 150 mil pés de variedades de alface a cada 45 dias (ciclo da planta), vendendo toda a produção para empresas que faziam a redistribuição a redes de supermercados.

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Por falta de funcionário, José Onilson precisou desativar uma parte dos canteiros e, agora, produz em torno de 100 mil pés de alface a cada 45 dias, ou seja, cortou um terço de sua produção para poder trabalhar com qualidade.

“A demanda é boa. Se eu plantasse mais, venderia mais, venderia tudo. Mas, precisei diminuir por falta de gente para trabalhar”, conta.

Ele ressalta que as condições são boas, seu sítio fica às margens de rodovia asfaltada, acesso rápido e fácil da cidade de Campo Verde, carteira assinada e salário de R$ 1.800,00 na carteira e, ainda assim, sobram vagas.

Para ele, o que causa essa situação é o posicionamento do governo, que distribuiu terra nos assentamentos da região, mas não viabilizou estrutura. Todo mundo quer produzir em um pedaço de terra e não sobra gente para trabalhar em terras de outra pessoa.

“Não temos incentivo do governo para melhorar nossas estruturas. O governo diz que tem crédito disponível, mas nós vamos atrás e acabamos desistindo de tanta burocracia”, lamenta o agricultor.

No espaço deixado pela alface, José Onilson já começou a plantar mudas frutíferas, como de ponkan, goiaba, manga e maracujá, alternativa que demanda menos gente trabalhando.
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