O início do calendário eleitoral e a falta de datas para a aprovação no Congresso Nacional da Medida Provisória 647/2014 – que elevou em julho para 6% a mistura de biodiesel ao diesel e aumentará este percentual para 7% em novembro –preocupam o setor produtivo e a cadeia do etanol.
O tema foi discutido por deputados federais e representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) antes do início do recesso parlamentar.
Leia também
Geller pede votação da MP do biodiesel; Câmara diz que pode ser no início de agosto
Abiove ressalta vantagens econômicas e ambientais do novo percentual de biodiesel ao diesel e reforça pedido por 10%
De acordo com o presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Biodiesel, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), a MP precisa ser votada e convertida em lei.
“Nós temos a previsão da primeira semana de agosto e não se sabe qual será a rotina da Câmara durante os dois últimos meses da campanha”, afirmou.
Segundo ele, entidades e congressistas vão negociar a aprovação de um texto de consenso para evitar restrições por parte do governo.
“Nós queremos garantir a situação de que o recuo eventual como problema climático ou de safra possa fazer com que a mistura fique em 7%. Nós queremos manter a mistura em 7% porque é para este patamar quer foi elevada a mistura”, observou.
Outro objetivo é tentar uma sinalização para que em 2020 ocorra uma elevação para o B10 com autorização do governo.
“Se isto não for possível, vamos manter o texto original do governo para que a gente consiga dentro do período eleitoral passar pela Comissão e depois no plenário das duas Casas Legislativas”, finalizou.