A China foi o destino de 79.3% da soja em grão exportada por Mato Grosso este ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e divulgados nesta segunda-feira.

Para aquele país foram embarcadas 926.6 mil toneladas da oleaginosa (911,8 mil t. em fevereiro e 14.8 mil t. em janeiro). O segundo principal comprador do grão mato-grossense no primeiro bimestre de 2014 foi o Reino Unido (103.9 mil t), seguido da Espanha (67.8 mil t), Tailândia (19 mil t) e Holanda (11.8 mil t). Volumes menores também foram despachados para Taiwan, Vietnã, Malásia, Coreia do Sul, entre outros.

Assim como houve recorde histórico no volume embarcado no mês de fevereiro, as divisas geradas com a oleaginosa também foram as maiores para o período, com registros de US$ 574,10 milhões – somente da China vieram US$ 453 milhões. A receita com a soja de Mato Grosso no bimestre gera preços médios de R$ 69 por saca de 60 quilos, com o valor do dólar travado em R$ 2,35.

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O Imea aponta que os volumes de exportação de soja, que normalmente começam a ser expressivos a partir de março, começaram mais cedo nesta safra, indicando uma demanda bastante aquecida e uma oportunidade de faturamento, visto que o dólar continua a patamares elevados.

Com os estoques de soja nos Estados Unidos restritos, o Brasil começou a fornecer soja para o mundo em quantidades maiores que as esperadas, abrindo margem para possíveis cancelamentos. “Para os próximos meses, quando os volumes de exportações se apresentarem em proporções mais elevadas, fica a expectativa de que o sistema logístico não atrapalhe o escoamento desta safra recorde”, pontua o Imea.