A falta de logística adequada para o escoamento da produção mato-grossense trava não apenas o setor agropecuário, mas também a indústria, entre elas a de biocombustíveis. Somente no primeiro bimestre de 2014 Mato Grosso foi responsável por 19,8% do biodiesel produzido no Brasil, por exemplo. Os entraves verificados na produção de biocombustível e o que pode ser feito para driblá-los está sendo discutido no 7º Simpósio Nacional de Biocombustíveis, que ocorre em Cuiabá.
Está é a primeira vez que o simpósio é realizado em Cuiabá. As atividades, que englobam palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos acadêmicos, tiveram início na quarta-feira (23) e seguem até sexta-feira (25).
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Conforme o presidente da Associação Brasileira de Química em Mato Grosso (ABQ – MT) e coordenador do evento, Evandro José da Silva, a logística é um dos maiores entraves para a produção de biodiesel e etanol em Mato Grosso. “Poderíamos produzir muito mais. Hoje, por exemplo, para levar um litro de etanol de Mato Grosso para o porto de Paranaguá (PR) o frete sai cerca de R$ 0,20. Nossa logística inviabiliza a expansão”.
Mato Grosso, salienta o presidente da ABQ-MT, é um dos maiores produtores de biodiesel do Brasil. “Temos matéria-prima mais barata que os outros Estados, pois produzimos ela”. O biodiesel pode ser feito através de óleos vegetais, como de soja e algodão. “Nestes três dias colocaremos em discussão também o que podemos fazer para melhorar este entrave da logística e assim elevar nossa produção”, completa Silva.
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Mato Grosso no 1º bimestre de 2014 produziu 96,333 milhões de litros de biodiesel. O volume 80,3% superior aos 53,441 milhões de litros produzidos no período em 2013. A produção mato-grossense representa 19,8% dos 484,4 milhões de litros produzidos no Brasil entre janeiro e fevereiro.
Confira
aqui a programação do 7º Simpósio Nacional de Biocombustíveis.