As exportações do agronegócio de Mato Grosso caíram 2,89% em 2014 no acumulado do ano até setembro, em relação ao ano passado. De janeiro a setembro US$ 12,163 bilhões em produtos ligados a agropecuária e floresta deixaram o Estado com destino ao exterior. A queda ainda é reflexo da redução dos embarques de milho, em decorrência a recuperação da produção do cereal nos Estados Unidos nas últimas duas safras. Outro setor que apresentou queda significativa foi o complexo sucroalcooleiro de US$ 20,02 milhões para US$ 2,23 milhões.
A balança comercial do agronegócio, divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no dia 08 de outubro, revela que os embarques mato-grossenses para o exterior caíram de US$ 12,525 bilhões em 2013, no acumulado do ano até setembro, para US$ 12,163 bilhões neste ano.
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O complexo soja, revela a balança comercial, segue apresentando saldo positivo com salto de US$ 8,457 bilhões para US$ 9,245 bilhões.
As negociações de farelo de soja subiram de US$ 1,755 bilhão para US$ 1,921 bilhão. Já a soja em grão "disparou" de US$ 6,390 bilhões para US$ 7,103 bilhões. Segundo o Mapa, os embarques de óleo de soja em bruto recuaram de US$ 267,8 milhões para US$ 194,9 milhões, enquanto os de óleo de soja refinado de US$ 40,7 milhões para US$ 25,6 milhões.
Complexo carnes
O complexo carne apresentou alta de US$ 1.186 bilhão para US$ 1,214 bilhão as negociações, sendo a carne bovina responsável por US$ 963,8 milhões. Em 2013, entre janeiro e setembro, haviam sido exportados US$ 806,3 milhões em carne bovina.
Em carne de frango houve redução de US$ 349,2 milhões para US$ 220,2 milhões nas negociações e em carne suína de US$ 7,1 milhões para US$ 5,7 milhões.
Milho e algodão
Com a recuperação da produção de milho nos Estados Unidos nas duas últimas safras, os embarques mato-grossenses seguem em queda. Entre janeiro e setembro apenas US$ 1,074 bilhão em milho foram enviados ao exterior, montante inferior aos US$ 2,255 milhões negociados o ano passado no período.
As negociações de algodão seguem em queda também, mas pelo segundo ano consecutivo. O recuo foi de US$ 443,1 milhões para US$ 392,1 milhões, revela a balança comercial.