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Governo deve recuperar estradas com recursos próprios e não jogar a conta à população, diz Aprosoja

16 Mar 2014 - 12:01

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Governo deve recuperar estradas com recursos próprios e não jogar a conta à população, diz Aprosoja
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) se posicionou contra o modelo de concessão de rodovias adotado pelo Governo Estadual. Para a entidade, a administração estadual tem o dever de recuperar as estradas com recursos próprios, ao invés de jogar a conta à população, através da cobrança de pedágios.

As propostas do Governo são de que a iniciativa privada recupere as rodovias, o que geraria pedágios muitos caros aos que necessitam trafegar nos trechos em questão. Uma das ideias do setor produtivo é que, se o Governo investe na recuperação da malha viária e deixa a manutenção a cargo da iniciativa privada, o dinheiro investido pela população em pedágios serviria para despesas de manutenção e serviços, o que seria mais justo.

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“Consideramos a estratégia adotada não é a mais adequada para resolver os enormes problemas emergenciais que temos enfrentado, como atoleiros, buracos e falta de trafegabilidade de nossas rodovias”, enfatizou o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro.

Fávaro complementa que a concessão de rodovias, por se tratar de um compromisso de várias décadas, é um tema estratégico que deve ser tratado com uma visão de longo prazo e não ser utilizado para resolver problemas atuais de manutenção das rodovias.

Segundo informou a Aprosoja, três audiências públicas visando às concessões das rodovias estaduais MT-010, MT-249, MT-235 e MT-170 foram realizadas nesta semana em Nova Mutum, São José do Rio Claro e Campo Novo dos Parecis.

As audiências contaram com a presença maciça dos produtores e delegados da Aprosoja, os quais manifestaram desacordo com a proposta de concessão apresentada pelo Governo do Estado, posição referendada pelas entidades que formam o Movimento Pró-Logística.

O intuito da mobilização do setor produtivo é a discussão ampla entre governo e sociedade, com foco na viabilidade das concessões rodoviárias, bem como em um modelo de concessão que fomente o crescimento sustentável do estado.

“Com esse posicionamento reiteramos nossa solicitação feita no dia 11 de dezembro de 2013, onde requeremos a paralisação das audiências públicas sobre o tema até que as entidades do setor apresentem a proposta para as rodovias estaduais que está em fase de elaboração”, pontuou o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz.

Uma das propostas estudadas pelo setor, comunica a Aprosoja, é o modelo no qual o governo estadual garanta os recursos necessários para os investimentos nas rodovias durante o prazo da concessão, de modo que os recursos oriundos das cobranças de pedágio sejam utilizados somente para cobrir despesas operacionais de manutenção, conservação e serviços.

O primeiro município a receber a audiência pública foi Nova Mutum, na terça (11), onde, segundo o vice-presidente Norte da Aprosoja, Silvésio de Oliveira, foi protocolado um documento no qual o setor apresentava seu posicionamento desfavorável à proposta.

“O estado apresentou um projeto com duas propostas diferentes, um com valor de R$ 11 a cada 100 quilômetros, e outra com valor de R$ 13 a cada 100 quilômetros, no qual a concessionária recupera a rodovia e começa a cobrar pedágios após um ano, o que são valores absurdos”, pontuou.
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