Levando em consideração sistemas agroecológicos e a formatação de um manejo integrado de pragas eficiente, o tema controle biológico tem tido destaque no universo agrícola brasileiro. O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), braço tecnológico da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa) está trabalhando no desenvolvimento de ferramentas de controle biológico de pragas na cultura do algodoeiro no Estado.
Segundo o pesquisador Marcelo Soares, dois inseticidas virais estão em desenvolvimento, um contra a lagarta falsa-medideira (
Chrysodeixis includens) e outro conta a
Spodoptera frugiperda.
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De acordo com Marcelo, durante apresentação do trabalho no Dia de Campo realizado pelo IMAmt no último sábado (21) em Campo Verde, o desenvolvimento do inseticida contra a
Spodoptera ainda está em estágio inicial. Já o produto contra a falsa-medideira já está um passo à frente.
Outro resultado ressaltando como importante é a criação de "iscas dispersíveis" com fungos para controle do bicudo-do-algodoeiro, considerado a principal praga do algodoeiro no Brasil. Marcelo comenta que os resultados foram bastante satisfatórios em laboratório e agora o trabalho será continuado com testes em campo.
O pesquisador também citou outros resultados das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas, como a obtenção de dois novos genes que codificam proteínas tóxicas para as lagartasHelicoverpa armigera e
Spodoptera frugiperda.
Também a obtenção de um gene que codifica toxina contra o bicudo e o desenvolvimento de um protótipo de bioinseticida para o controle de
Helicoverpa armigera, que deve estar pronto para testes na próxima safra.