Nenhum tipo de doença ou praga foi localizado no assentamento Itanhangá/Tapurah, contudo o setor produtivo frisa haver apreensão dos produtores do local diante as incertezas geradas com a operação policial "Terra Prometida". A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) encaminhou nesta semana, como medida preventiva, ofício para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) propondo ação de fiscalização in loco na região.
Na semana passada uma equipe técnica da Aprosoja-MT esteve no assentamento com o objetivo de verificar como estavam os tratos culturais e fitossanitários nas lavouras de soja. De acordo com o diretor técnico da Associação, Nery Ribas, a semeadura no local foi realizada após o dia 20 de outubro, quando a chuva regularizou.
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"Felizmente, não identificamos a presença da ferrugem asiática, nem de lagartas como a helicoverpa e falsa-medianeira. Os próprios produtores não sabem se terão condições para manter os cuidados com a lavoura. Precisamos ficar atentos a isso porque há várias áreas comerciais nos municípios vizinhos, e o controle fitossanitário é fundamental", comenta o diretor técnico, que esteve no assentamento juntamente com a gerente da Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, Franciele Dal'Maso.
O assentamento Itanhangá/Tapurah é considerado o segundo maior da América Latina com 1.149 lotes, com metragem de 100 hectares cada um. No dia 27 de novembro a Polícia Federal deflagrou a operação "Terra Prometida", onde apura suposta negociação de lotes destinados para a Reforma Agrária no assentamento em questão.