A liberação de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) podem sofrer demora diante a situação político-econômica do Brasil. Para Mato Grosso cerca de R$ 1,6 bilhão estão previstos em 2015, dos quais aproximadamente R$ 800 milhões para o FCO Rural.
De acordo com o Banco do Brasil, a demanda mensal de recursos no estado é de R$ 180 milhões diante uma disponibilidade de apenas R$ 65 milhões mensais.
O gerente de negócios e agricultura familiar do Banco do Brasil em Mato Grosso, Brasiliano Borges, explica que os cerca de R$ 65 milhões mensais disponibilizados equivalem ao valor de R$ 800 milhões divididos em 12 meses.
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“Há três anos, mais ou menos, a demanda é praticamente o dobro do disponibilizados. Em 2015 pode haver dificuldades na liberação do recurso, ou seja, pode demorar para o produtor tê-lo em mãos. Não cremos em redução do FCO”, comentou ao
Agro Olhar o gerente de negócios e agricultura familiar do Banco do Brasil, nesta quarta-feira (1º) durante anúncio da liberação dos recursos da instituição para operações de crédito rural do Plano Safra 2015/2016.
A influência da situação político-econômica do Brasil, mais precisamente da economia estagnada neste caso, é devido a 40% do FCO ser proveniente da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Até o dia 20 de maio haviam sido liberados pelo Banco do Brasil R$ 300 milhões para o FCO Rural. Na ocasião o volume equivalia a aproximadamente 40% dos R$ 800 milhões destinados em 2015 para o FCO Rural.
Em entrevista anterior ao
Agro Olhar, Brasiliano Borges havia comentado que o “O volume destinado ao FCO Rural atende entre 25% e 30% da demanda que recebemos produtores querendo contratá-lo”.
Segundo o gerente de negócios e agricultura familiar do Banco do Brasil em Mato Grosso, diante o fato de o FCO Rural não atender toda a demanda e da possibilidade de demorar para a sua liberação neste ano, os produtores mato-grossenses possuem outras opções de linha de crédito como é o caso do Finame Rural PSI para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, Custeio Agropecuário BB, BB ABC (Agricultura de Baixo Carbono), bem como linha de crédito para aquisição de animais e construção e ampliação de armazéns.