As entregas de fertilizantes ao consumidor final encerraram o primeiro quadrimestre de 2015 com 6,982 milhões toneladas, indicando recuo de 8,7% em relação aos meses de janeiro a abril do ano passado, quando foram entregues 7,646 mi/ton. As informações são da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
Conforme o relatório da Anda divulgado esta semana, a maior queda nas vendas fora registrada no mês de abril, quando foi negociado 1,388 milhão de toneladas, baixa de 20,9% ante ao mês de abril de 2014. Fevereiro teve declínio de 10% e janeiro de 8,1%. Já no mês de março houve crescimento de 5,4%.
A diminuição do volume entregue nas fazendas nesse período não significa, porém, que poderá ocorrer uma diminuição de área plantada ou uso de menos adubos e fertilizantes, explica o engenheiro agrônomo Celso Borges Vaz. “A agricultura comercial praticada hoje não permite que o agricultor economize com esses nutrientes, pois afetará a produção”, disse, ao
Agro Olhar.
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Na análise do agrônomo, o que pode ter ocorrido é uma espera por uma parte dos produtores em fechar as aquisições, visto que o produto é cotado em dólar e a moeda norte-americana está com um patamar elevado, flutuando acima dos R$ 3. “Ainda assim, mesmo com o dólar caro, o volume de fertilizantes entregue não está distante das quantidades dos quadrimestres anteriores”, comentou.
Avalia Borges Vaz que a partir de maio as compras devem ocorrer com maior velocidade, pois o agricultor não terá tempo suficiente para receber o produto e aplicá-lo no solo, caso retarde muito para fechar os contratos. “E historicamente, a maior quantidade é adquirida entre junho a outubro, indicando que nos meses seguintes as compras devem ser normalizadas”, finalizou.
Em um comparativo com os últimos três anos, o volume entregue só fez crescer. Em 2012 a Anda contabilizou 29,255 mi/t. entregues; em 2013 foram 30,700 mi/t. e, em 2014, 32,209 mi/t. Em todos os períodos, o Estado de Mato Grosso lidera as compras.