O acordo para a exportação de carne bovina in natura entre Estados Unidos e Brasil, após 17 anos de negociações, poderá trazer novos clientes ao país verde e amarelo. A picanha deverá ser um dos cortes brasileiros embarcados para o país norte-americano, uma vez que poucos conhecem.
Para a embaixadora norte-americana no Brasil, Liliana Ayalde, o acordo entre os dois países possui várias mensagens. Durante entrevista na manhã desta quarta-feira, 03 de agosto, no programa Mais Você, da Rede Globo, a embaixadora afirmou à apresentadora Ana Maria Braga que muitos técnicos sentaram juntos para negociar diferentes aspectos fitossanitários para se chegar a um acordo. "Então, é uma mensagem de comércio bilateral importante".
O acordo entre Brasil e Estados Unidos para a exportação de carne in natura foi firmado no último dia 28 de julho, durante viagem do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, a Washington.
E, na última segunda-feira, 1º de agosto, foi realizada em Brasília a troca das Cartas de Reconhecimento de Equivalência entre Brasil e Estados Unidos.
Com o anúncio, frigoríficos de 14 Estados (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins), além do Distrito Federal estarão habilitados a exportar carne in natura para os Estados Unidos.
Os Estados Unidos definiu uma cota anual de importação de 64,8 mil toneladas in natura e congelada e, deste volume, cerca de 25% devem partir de Mato Grosso. A expectativa é que as exportações em 2016 sejam elevadas em US$ 900 milhões com o acordo.
Os envios de carne do Brasil devem iniciar em 90 dias.
Outros pontos levantados pela embaixadora dos Estados Unidos sobre o acordo é quanto a abertura de novos mercados para o Brasil, além da geração de empregos. "O ministro (Blairo Maggi) falou que tendo essa certificação é bom para outros países também", disse Liliana no programa da Rede Globo.
Paladar
A embaixadora destacou ainda ser uma troca interessante o acordo, visto alguns cortes, como a picanha, serem poucos conhecidos nos Estados Unidos. "É uma troca interessante porque a gustação (paladar) norte-americana é diferente da brasileira. Então, podemos complementar. Por exemplo, a picanha lá (Estados Unidos) não é muito conhecida, então se pode exportar mais. Mas, se você vai lá e pede picanha, ninguém conhece", declarou ao revelar que o corte considerado nobre no Brasil é a melhor carne em sua opinião.
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