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Notícias / Tecnologia

Novas tecnologias quintuplicaram área de maracujá em Santa Catarina

Rural Br

 Produtores de maracujá do Estado de Santa Catarina resolveram, em 2010, expandir a produção. Até então, os pomares locais eram bastante restritos devido às limitações climáticas. Um trabalho do Instituto Agronômico (IAC-APTA), de Campinas (SP), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri), e a Cooperativa Agrícola de Jacinto Machado (Cooperja), resultou em treinamento e suporte técnico para os produtores familiares, com base em ações conjuntas e pesquisa participativa. Os resultados apareceram nas safras de 2012 e 2013, com frutos de alta qualidade que passaram a ter comércio garantido na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

Além do frio, grande adversário da cultura naquela região, também havia o desafio da distância até a Companhia de Entreposto. Para os frutos aguentarem os quase mil quilômetros de distância até a capital paulista, foi necessário desenvolver frutos com cascas mais espessas, mais resistentes ao murchamento pelo calor e ao amassamento durante o transporte e descarregamento.

Com o desenvolvimento de um produto com esse perfil, sementes selecionadas, implantação de quebra-ventos, formação de mudas de alta qualidade, polinização manual e controle preventivo de doenças, a área plantada no Estado de Santa Catarina foi multiplicada por cinco e a qualidade dos frutos é considerada uma das melhores do Brasil.

A qualidade alcançada foi possível através da polinização manual e da preocupação dos produtores com cada fase da produção, além da ausência do vírus do endurecimento dos frutos naquela região.

O Brasil é o maior produtor mundial da fruta e também o maior consumidor. Por isso as exportações são pouco significativas, já que o mercado interno é sólido e paga preços altamente compensadores.
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