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MT tem a energia elétrica para a indústria mais cara do Brasil

Da Redação – Viviane Petroli

Mato Grosso possui o custo médio da energia elétrica industrial mais caro do Brasil. Com todos os tributos embutidos o custo médio sai a R$ 424,27 o megawatts (MWh). O Estado subiu para a primeira colocação em 2014 após o reajuste no custo da energia para o setor realizado pela Cemat este mês de 13,42%. Segundo o setor industrial em Mato Grosso, vai ao governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, após o feriado, para buscar auxilio. Intensão é que pedir a redução do ICMS da energia.

Os dados são da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Sistema Firjan), divulgados na quarta-feira (16). Conforme a pesquisa, o custo médio nacional da energia elétrica para a indústria saltou de R$ 292,75 por MWh para R$ 301,66. O incremento é decorrente aos quatros reajustes autorizados este mês pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre estes reajustes está o da Cemat.

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Se não houvessem os impostos o custo médio seria de R$ 286,38, o segundo mais caro do país, aponta a Firjan.

Conforme o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, o incremento na energia elétrica para a indústria foi um “baque”. “Isso desestimula o empresariado. O reajuste é maior que a inflação. Vai gerar aumento de custo para as empresas e consequentemente desemprego”.

Milan revela que o setor industrial pretende solicitar uma agenda com o governador Silval Barbosa logo após o feriado para ver uma maneira de o Estado ajudar o segmento. “Uma das saídas é a redução do ICMS da energia elétrica, que é o mais caro do Brasil”. Hoje, cerca de 46% da conta de energia elétrica em Mato Grosso é impostos, principalmente ICMS.

Gás Natural

A utilização de gás natural, proveniente da Bolívia, para a geração de energia elétrica nas indústrias é uma saída, pois chega reduzir em cerca de 50% o custo. “Porém, é inseguro. O ano passado chegamos a ficar sem gás em meados do primeiro semestre”, frisa Milan.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abégas), em fevereiro as cinco indústrias de Mato Grosso que utilizam o gás natural como matriz energética consumiram em média 3,2 mil m³ dia de gás natural.

Brasil

Em segundo lugar com a energia industrial mais cara está Tocantins com R$ 403,91 MWh em média, seguido de Rondônia com R$ 377,49 MWh e o Rio de Janeiro R$ 362,19 MWh. A energia mais barata para a indústria pertence ao Amapá cujo custo médio é de R$ 159,05.
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