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Neri Geller destaca avanços com Dilma e recorda precariedade do agronegócio durante governo tucano

Da Redação - Ronaldo Pacheco

 
Os avanços substanciais do agronegócio registrados nos últimos anos correm sério risco de retrocesso, caso a presidenta Dilma Rousseff (PT) não seja reeleita. A advertência partiu do ministro da Agricultura, Neri Geller, ao destacar que os juros de 3,4% ao ano e o CDC de 2,59% para o financiamento agrícola estão entre os primeiros a serem afetados, na hipótese de uma vitória do presidenciável Aécio Neves (PSDB).

“No governo deles, o Plano Safra era de R$ 25 bilhões. Atualmente, com Dilma, o Plano Safra passou para R$ 155 bilhões. Já Seguro Agrícola era menos de R$ 10 milhões, enquanto hoje ultrapassa R$ 750 milhões. Além disso, a agricultura brasileira poderá reviver uma situação de juros altos”, argumento Neri Geller, durante visita à Redação do Olhar Direto.

O ministro observou que em um possível governo de Aécio Neves a agricultura voltaria à idade da pedra. Ele alerta que o tucano tem sinalizado nesse sentido e relembra a situação vivida pelos produtores rurais durantes o governo Fernando Henrique Cardoso.

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“Naquela época, os juros dos financiamentos agrícolas, como o Finame, chegavam a 12% ao ano. Quando o produtor terminava de pagar o trator, por exemplo, ele havia pago o dobro do que realmente valia”, pontuou Neri, que mostra números atuais para comparar os governos do PT e do PSDB. “Hoje, os juros são de 3,5% ao ano, permitindo que o agronegócio seja rentável e cresça”, comparou ele.

O ministro da Agricultura justifica que, entre os resultados, está o aumento nas vendas de máquinas e equipamentos agrícolas. Neste ano, foram 83 mil máquinas comercializadas, movimentando a economia brasileira, gerando emprego e renda.

Neri Geller criticou os supostos compromissos assumidos entre Aécio Neves e a ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva, e que envolvem a sustentabilidade na produção agrícola. E colocou sob suspeição as reais intenções de Aécio ao receber o apoio de Marina.

Pelo histórico de Marina Silva quando ministra do Meio Ambiente, Geller mostrou ter uma visão estreita de que não é possível produzir e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo. “Já vivemos a situação em que eramos vistos como criminosos e essa situação pode se repetir”, emendou o ministro, que ainda sonha com uma vitória de Dilma em Mato Grosso, o que seria inédito, já que nem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu, no auge de seu prestígio, em 2006.

Neri divide com o senador eleito Wellington Fagundes (PR) a coordenação da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, em Mato Grosso. Ele está percorrendo, neste final de semana, várias cidades pólos para reunir prefeitos, vereadores e líderes e, assim, fazer o comparativo dos números entre os governos do PSDB e PT.

O ministro pediu férias para dedicar-se integralmente à campanha em Mato Grosso e diz que, das 100 lideranças de maior influência no agronegócio brasileiro, cinco são do Estado e quatro delas estão apoiando a candidatura de Dilma, como o senador Blairo Maggi, o ex-presidente da Aprosoja Brasil e Mato Grosso, Glauber Silveira, o produtor rural Eraí Maggi e o próprio ministro.
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