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Notícias / Agronegócio

China libera portos para carne bovina do Brasil, após dois anos de restrição

Da Redação - Viviane Petroli

 Após cerca de dois anos de embargo, a China reabriu seus portos para a carne bovina brasileira. A retirada oficial da restrição foi anunciada no sábado (15), depois de dois dias de negociações entre o governo brasileiro e o governo chinês. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, encontra-se no país asiático desde 12 de novembro.

O acerto de reabertura de portos foi selado entre o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, e o ministro da Agência de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), Zhi Shuping. O acerto sela, segundo o ministério brasileiro, o anúncio feito pelo presidente da República Popular da China, Xi Jinping, à presidente Dilma Rousseff, no Brasil, no mês de julho.

De acordo com o ministro brasileiro, Neri Geller, é uma conquista do Brasil a reabertura dos portos chineses para a carne bovina brasileira. Hoje, a China é grande cliente da soja em grãos do país, em especial de Mato Grosso de onde entre janeiro e outubro deste ano comprou 9,242 milhões de toneladas apenas do complexo soja, que resultaram em US$ 4,696.bilhões.

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“A reabertura deste enorme mercado é mais uma vitória alcançada a partir da qualidade e da segurança do sistema de defesa sanitária animal e vegetal do Brasil. Somos um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, certificado pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) com o status de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). A decisão do governo da China é o reconhecimento ao nosso rigoroso processo de produção e de fiscalização”, pontua Geller em nota.

Neri Geller está na China acompanhado do secretário de Relações Internacionais do Mapa, Marcelo Junqueira, e do embaixador do Brasil em Pequim, Valdemar Carneiro Leão. Para ele a presença da equipe técnica brasileira nas reuniões com a China foi fundamental para mostrar a agilidade do governo brasileiro em repassar as informações e garantias solicitadas pelas autoridades chinesas.

O ministro da Agência de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), Zhi Shuping, "assegurou que a retirada do embargo será acompanhada da aceleração dos processos para a liberação de plantas brasileiras de carne bovina", de acordo com o Ministério brasileiro.

A China abriu seus portos para a carne bovina brasileira em 2009 e em 2012, assim como a Arábia Saudita, embargou o produto após a constatação de um caso atípico de EEB registrado no Paraná.

Em 2014 o Mato Grosso não enviou carne bovina para o país asiático, contudo em 2013 haviam sidos negociados US$ 127,2 mil. Já em milho foram 7,397 mil toneladas em 2014 resultando US$ 1,389 milhão. Em algodão foram US$ 139,1 mil.
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