Mato Grosso no primeiro trimestre de 2015 registrou sete municípios entre os 100 maiores exportadores. Sorriso que geralmente fica entre a 20ª e 30ª colocações, ocupa a 42ª posição em decorrência a um recuo de 39,37% nas negociações com o exterior. A soja em grão é o principal contribuinte para tal desempenho com retração de 54,28% nos embarques. Em contrapartida, Rondonópolis registrou saldo positivo de 7,98%.
As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Segundo especialistas, três fatores podem ser considerados os principais contribuintes para este resultado: atraso na safra de soja, greve dos caminhoneiros (entre fevereiro e início de março) e chuvas nos portos.
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De janeiro a março, Mato Grosso enviou ao exterior US$ 2,660 bilhões em commodities, dos quais 40,77% gerados pelo embarque de soja em grão. A receita gerada pelos embarques totais, segundo o MDIC, foram 21,24% menores que os US$ 3,378 bilhões registrados no período em 2014.
Rondonópolis ficou com a 41ª posição no ranking nacional dos principais municípios exportadores. O resultado do primeiro trimestre de 2015 foi de US$ 246,9 milhões, contra US$ 228,6 milhões do ano passado. Apenas o algodão apresentou alta de 212,47%. A soja em grão caiu 2,67%.
Em Sorriso a queda nas negociações foi de US$ 402,5 milhões para US$ 244,08 milhões. No caso da soja em grãos de US$ 273,2 milhões para US$ 124,9 milhões. Já o milho de US$ 113,9 milhões para US$ 104,2 milhões no comparativo do primeiro trimestre de 2014 com o presenciado em 2015.
Ainda de acordo com o MDIC, Cuiabá ficou na 57ª colocação no ranking nacional e apresentou recuo de US$ 206,02 milhões para US$ 172,6 milhões.
Primavera do Leste ficou em 76º, com leve crescimento de US$ 112,4 milhões em 2014 para US$ 130,2 milhões em 2015. Sinop em 78º com crescimento de US$ 102,9 milhões em 2014 para US$ 120,3 milhões em 2015.
Nova Mutum, por sua vez, decaiu de US$ 195,5 milhões para US$ 120,3 milhões, ficando em 79º no ranking brasileiro. Sapezal ocupou a 95ª posição, mesmo apresentando queda de US$ 173,1 milhões para US$ 105,03 milhões.