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Notícias / Pecuária

Governo de Mato Grosso irá auxiliar trabalhadores de frigoríficos demitidos

Da Redação - Viviane Petroli

 Em 2015 seis frigoríficos em Mato Grosso fecharam suas portas levando ao desemprego cerca de três mil trabalhadores, destas unidades três encerraram as atividades há menos de 30 dias. Diante a situação o governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), anunciou que irá acompanhar de perto os trabalhadores.

Conforme a Setas, o acompanhamento dos trabalhadores demitidos no setor frigorífico será por meio de acesso a medidas protetivas, vagas de emprego e capacitação profissional.

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A intenção, segundo o secretário de Estado de Trabalho e Assistência Social, Valdney de Arruda, é minimizar o impacto dessas demissões. “Vamos garantir o acesso ao seguro desemprego, faremos o encaminhamento ao mercado de trabalho levando em conta o perfil profissional de cada de um e de acordo com as vagas que estão abertas nos diversos setores. Vamos oferecer qualificação por meio do Programa Emprega Rede àqueles que não se enquadrarem nas vagas disponíveis”.

Na última segunda-feira (06) a Minerva Foods anunciou o fechamento de sua planta de Mirassol D'Oeste (288 quilômetros de Cuiabá, na região Sudoeste). Na unidade 701 demissões foram registradas. Em Mato Grosso existem 43 frigoríficos, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), e com o fechamento da planta da Minerva Foods, em Mirassol D’Oeste, sobe para 19 plantas frigoríficas com atividades encerradas nos últimos dois anos. Em 2015 houve o fechamento de duas plantas em Rondonópolis, uma em Cuiabá, uma em Sinop, uma em São José dos Quatro Marcos e agora uma em Mirassol D’Oeste.

Em entrevista recente ao Agro Olhar o presidente do Sindifrigo, Luiz Freitas, revelou que a capacidade instalada de abate e processamento de carne em Mato Grosso é “duas vezes maior que a oferta de animais”. Tal ociosidade ocorre há aproximadamente dois anos. “Nada mais é que um ciclo da pecuária. Isso é verificado a mais ou menos a cada seis anos. Estamos a cerca de quatro anos com o rebanho praticamente estagnado. Em todas as regiões do estado há plantas com atividades paralisadas", declarou ao Agro Olhar.
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