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Produtores chegam a registrar produtividade inferior a 10 sacas de soja com 3,7% de área colhida

Da Redação - Viviane Petroli

A colheita da soja 2015/2016 em Mato Grosso atingiu na última semana 3,7% dos 9,2 milhões de hectares destinados à cultura. Em algumas lavouras é possível encontrar produtividade abaixo de 10 sacas por hectare e até mesmo acima de 60 sacas. Conforme o setor produtivo, com o início dos trabalhos será possível saber a proporção real da quebra da safra.

A colheita da soja está ocorre há três semanas em Mato Grosso e ao se comparar com o ciclo 2014/2015 apresenta um atraso de 3,8 pontos percentuais, visto nesta época em 2015 ter atingido 7,5% da área.

Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que a produtividade média no estado está em 50,9 sacas por hectare.

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Em Sorriso, as estimativas de quebra permanecem em 15%, segundo o presidente do Sindicato Rural, Laércio Lenz. Ele comenta que há áreas colhendo abaixo de 10 sacas por hectare e há áreas colhendo em torno de 60 sacas, tanto em propriedades diferentes quanto em uma mesma fazenda.

“O que estamos presenciando está confirmando o que esperávamos. Com a colheita avançando poderemos saber a proporção da quebra desta safra em Mato Grosso. Acredito que possa ultrapassar as 1,25 milhão de toneladas previstas até o momento”, comentou Lenz ao Agro Olhar.

A quebra de 1,25 milhão de toneladas consta no último relatório de Estimativa de safra da Soja 2015/2016, divulgada no dia 11 de janeiro, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Questionado sobre a regularidade das chuvas agora no mês de janeiro, o presidente do Sindicato Rural de Sorriso comentou que até o momento perdas não foram registradas pelo “excesso de chuva”.

A situação das lavouras de soja, bem como as de milho que começam os trabalhos, nas regiões Médio-Norte e Norte será avaliada nesta semana pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), de acordo com o diretor técnico, Nery Ribas. “Vamos percorrer as lavouras e ver como está a situação em decorrência a falta de chuvas, além de averiguar a questão das doenças e o andamento do plantio do milho”.
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