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Notícias / Capacitação

Monitores de pragas atualizam seus conhecimentos em treinamento promovido pelo IMAmt

Assessoria Ampa

Gerônimo de Souza, responsável pela parte técnica da fazenda Nova Jerusalém (Sementes Petrovina), situada no Chapadão de Guiratinga, a 165 km de Rondonópolis, foi um dos 90 participantes do Treinamento de Monitores de Pragas do Algodoeiro, e disse que a viagem valeu a pena. "Sempre participo dos treinamentos anuais do IMAmt (Instituto Mato-grossense do Algodão). Para a gente que trabalha com algodão e soja, e lida diariamente com doenças, pragas e plantas daninhas resistentes a herbicidas, sempre tem novidade", comenta o técnico, que trabalha há 10 anos monitorando o campo em busca de identificar insetos e outros vetores de problemas que podem trazer danos às lavouras. Gerônimo gosta muito de seu trabalho, cuja realização eficiente minimiza os riscos de prejuízos financeiros aos produtores.

A primeira etapa do Treinamento de Monitores de Pragas do Algodoeiro da safra 2015/16, foi realizada nessa quarta-feira (17 de fevereiro) no Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Núcleo Regional Sul, a cerca de 12 km da cidade de Rondonópolis. Nesta quinta-feira, as palestras aconteceram em Primavera do Leste e amanhã (sexta-feira) será a vez de Campo Verde receber o treinamento. Na próxima semana, a equipe de pesquisadores do IMAmt seguirá para Sorriso (24), Campo Novo do Parecis (25) e Sapezal (26). As inscrições devem ser feitas com os assessores técnicos regionais (ATRs).

Há 10 anos, segundo o pesquisador Rafael Galbieri, esse tipo de treinamento vem sendo realizado, inicialmente focado apenas em insetos-praga. Aos poucos, a proposta foi se ampliando e incorporou outros aspectos ligados à fitossanidade do algodoeiro, visando a reciclagem dos monitores de campo e a sustentabilidade do sistema produtivo hoje adotado no Cerrado mato-grossense. Assim, os palestrantes passaram a abordar doenças, nematoides e plantas daninhas, entre outros temas, sempre com a preocupação de tratar de novas questões que surgem no dia a dia das fazendas dos associados da Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão). O público do treinamento, realizado com apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), também foi ampliado, passando a incluir gerentes de fazendas, produtores e estudantes, além dos monitores técnicos de campo.

No treinamento deste ano, o fitopatologista Galbieri apresentou ferramentas para manejo de nematoides em áreas infestadas e enfatizou o que pode ser feito para controle efetivo da mancha de Corynespora, doença também conhecida como mancha-alvo e que é um problema típico do sistema soja-algodão, em que os agricultores se dedicam ao plantio sucessivo das duas culturas, como primeira e segunda safra.

Após a breve abertura feita pelo ATR Edenílson Souza, o pesquisador Edson R. de Andrade Junior fez uma apresentação cujo foco principal foram as principais plantas daninhas presentes nas áreas de cultivo do algodoeiro, ressaltando a importância da sua identificação correta e do monitoramento constante. Ele falou sobre plantas daninhas resistentes a herbicidas e destacou a espécie Amaranthus palmeri, identificada pelo pesquisador do IMAmt e outros dois pesquisadores (Anderson Cavenaghi do do Univag e Sebastião Carneiro Guimarães da UFMT) pela primeira vez em Mato Grosso, em 2015, em áreas normalmente cultivadas com rotação das culturas de algodão, soja e milho. Andrade Junior também abordou a importância de fazer uma destruição de soqueira eficiente ao final da safra de algodão para reduzir a pressão de pragas e patógenos na safra subsequente.

No período da tarde, os entomologistas Eduardo Barros e Jacob Crosariol Netto falaram sobre identificação e monitoramento dos principais insetos-praga presentes nas lavouras, entre sugadores e mastigadores, como lagartas, trips, pulgões, percevejos, mosca-branca e bicudo, considerado a maior praga do algodoeiro. "Sem dúvida, o que mais preocupa nas lavouras é o bicudo", confirma Heverton Bueno Morais, que trabalhava como monitor na região de Campo Verde (Núcleo Regional Centro) e agora se transferiu para Rondonópolis. O pesquisador Eduardo Barros detalhou o projeto "Controle Efetivo do Bicudo", sob sua coordenação.

Confira aqui a agenda dos próximos treinamentos:

Dia 19/02 - Campo Verde

Local -Auditório do Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Núcleo Regional Centro – BR-070 km 360, sentido Campo Verde- Primavera do Leste + 15 Km. Inscrições com Renato Tachinardi.

Dia 24 - Sorriso

Local - Auditório do Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Núcleo Regional Norte, Km 726 da BR-163, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso. Inscrições com Félix Kmiecik.

Dia 25 - Campo Novo do Parecis

Local – Oásis –Av Brasil, 372 (ao lado da lotérica). Inscrições com Emílio Araújo Pereira.

Dia 26 - Sapezal

Local - Auditório da Câmara Municipal de Vereadores. Inscrições com Emílio Araújo Pereira.
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