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Notícias / Pecuária

Pecuaristas de Mato Grosso devem ter economia de R$ 6,6 mi com queda no preço da vacina contra aftosa

Da Redação - Viviane Petroli

A redução de 17,5% do preço médio da vacina (dose) contra a febre aftosa pode trazer para os pecuaristas mato-grossenses uma economia de R$ 6,602 milhões caso sejam vacinadas as 29.122.782 cabeças de gado existentes no Estado. O setor credita a queda a uma maior concorrência "sadia" dentre os estabelecimentos autorizados para comercializar as vacinas.

Hoje, a vacina contra a febre aftosa é encontrada em média a R$ 1,23. O valor pago pelos pecuaristas é 17,5% menor que os R$ 1,49 pagos aproximadamente em outubro do ano passado.

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Cálculos realizados pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) apontam que se os bovinocultores vacinarem as 29.122.782 cabeças de gado de mamando a caducando que deverão ser imunizadas até o dia 30 de novembro

haverá uma "economia" de 15,5% que poderá proporcionar investimentos da porteira para dentro, por exemplo. Em 2015 foram gastos pelos pecuaristas R$ 42,423 milhões em vacina contra a febre aftosa e em 2016 o desembolso total deverá ser de R$ 35,821 milhões.

"Toda vez que temos uma redução de custos é bem vindo. Neste caso da vacina contra a aftosa a redução é reflexo de uma disputa estratégias das revendas. Enxergamos isso como uma concorrência sadia", comentou ao Agro Olhar o gerente de relações institucionais da Acrimat, Nilton Mesquita Jr.

Conforme Nilton, a expectativa dos pecuaristas mato-grossenses é que novos decréscimos sejam verificados nos insumos, como é o caso dos grãos.

Mato Grosso está há 19 anos livre da febre aftosa com vacinação.

A multa para o criador que não vacinar os animais até 30 de novembro é de 2,25 Unidade Padrão Fiscal (UPF) por cabeça de gado não vacinado. Além disso, o produtor que atrasar a comunicação da vacinação ficar ainda impossibilitado de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) por um período mínimo de 30 dias.

A vacinação é, inclusive, uma garantia para que o Estado siga com as exportações, mesmo não apresentando há quase duas décadas incidência da doença. Mato Grosso hoje exporta carne bovina para mais de 100 países. Em 2016, o estado e o Brasil conquistaram a abertura de mercado para a carne in natura por parte dos Estados Unidos, após quase 20 anos de negociações.
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