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Adilton Sachetti defende que agora há clareza em definir fiscalização de trabalho escravo

Da Redação - Ronaldo Pacheco

Considerado um dos líderes mais respeitados da bancada ruralista no Congresso Nacional, o deputado mato-grossense Adilton Sachetti (PSB) interpretou como necessária e em condições de prevenir injustiça. Ele entende que a decisão do ministro Ronaldo Nogueira, do Trabalho e Emprego, com aval do presidente Michel Temer (PMDB), ao baixar a Portaria MTB 1.129/2017, chega num momento crucial para disciplinar a fiscalização em cada local de trabalho.
 
“Ninguém é favorável ao trabalho escravo. O que não pode é a punição por ideologia, contra o empregador, em que se buscam brechas mínimas. Como a porta do alojamento que deve ter 90 centímetros de largura e em  que é obrigatório abrir para fora. Depende da cabeça do fiscal. Agora, a orientação está clara”, avaliou Sachetti.

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O parlamentar do PSB recordou que, quando empregador, chegou de ser autuado por causa de largura de porta e da ausência de telinha de mosquito no refeitório e no alojamento. “Não pode [haver autuação] porque não tinha telinha para segurar mosca [e mosquito], na cantina nem no alojamento. E porta fora de norma ou mesmo espessura dos colchões. Isso não tem nada a ver com trabalho escravo”, retrucou Sachetti, durante décadas esteve entre os maiores produtores e vendedores do agronegócio de Mato Grosso.
 
A portaria do Ministério do Trabalho, na avaliação de Sachetti, não chega para favorecer ou prejudicar ninguém, presente ou não na chamada ‘lista suja’ do trabalho escravo. “Não é tirar ninguém ou pôr na lista. Daqui a pouco tem o nome colocado numa lista suja e nunca mais apruma. Quando sair o nome tratou de forma degradante, o prejuízo é certo. Não por questões técnicas e normas pouco construtivas. A portaria vem dar transparência para a fiscalização”, disse o deputado do PSB, para a reportagem do Olhar Direto.
   
Adilton Sachetti pontuou que recebeu multas até porque o trabalhador se recusa a assinar a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). “Levei multas, quando era empregador, pelo simples registro em carteira. Isso é trabalho ilegal, mas não é análogo ao trabalho escravo. A ideologia impera e você tem que se defender. Não provam nada. O empregador tem que se virar depois, por questão ideológica, vítima da arbitrariedade [da fiscalização]. Alguns auditores do trabalho fazem a coisa certa; outros, por ideologia”, ponderou o deputado, citando o exemplo pessoal, para defender a Portaria 1.129/2017.
 
“Deve ser: sim, sim! Não, não! Porque análoga não é igual nem similar; não define. Tem que acabar com o conceito ideológico de trabalho escravo”, complementou Adilton Sachetti.
 
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