Imprimir

Notícias / Economia

Varejo de materiais para construção fatura R$ 3,7 bi em MT; vendas devem aumentar em 2018

Da Redação - André Garcia Santana

O faturamento do varejo de materiais para construção atingiu média de R$ 3,7 bilhões em Mato Grosso em 2017. O número foi divulgado pela Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Estado de MT (Acomac) e representa crescimento de 4,5% em relação a 2016. Redução nas taxas de juros e aumento do crédito são alguns dos principais responsáveis pela retomada de acordo com o setor, que espera para 2018 um cenário ainda mais auspicioso, com crescimento de 8,5%.

Leia mais:
Cuiabá deve dobrar número de novos edifícios em 2018; redução de juros e financiamento auxiliam setor

De acordo com o presidente da Associação, Gustavo Nascimento, a política econômica também teve um papel importante para o aumento nas vendas. “Dentre os fatores temos que considerar o equilíbrio econômico no país, redução de taxa de juros, aumento no crédito para financiamento, confiança do consumidor que voltaram a realizar suas reformas e pequenas obras e melhora do cenário político pelas perspectivas das reformas a serem realizadas”, diz.

Os dados analisados pela entidade são da Pesquisa Tracking, realizada em dezembro Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). O estudo aponta que, no Brasil, o varejo de material de construção encerrou o último ano com 6% de crescimento sobre 2016 e um faturamento total de R$ 114,5 bilhões. Só em dezembro o desempenho foi 1% superior a novembro - mesmo resultado apresentado na comparação sobre dezembro de 2016.

Entre as categorias pesquisadas em dezembro, tintas apresentaram crescimento de 8% sobre novembro, assim como cimentos, que tiveram desempenho 2% superior no período. Revestimentos cerâmicos e telhas de fibrocimento, por sua vez, retraíram 4% e 3%, respectivamente. A Pesquisa Tracking Anamaco tem o apoio da Anfacer, Abrafati e Instituto Crisotila Brasil.

“O pior já passou e o Brasil está no momento de recuperação dos últimos anos perdidos em termos sociais e econômicos. A redução de taxas de juros, com certeza irá facilitar o financiamento para o consumidor. As pessoas estão mais seguras para comprar por estarmos em Mato Grosso, estado que cresceu muito mais do que a média dos estados brasileiros em 2017”, acrescenta o presidente, que é empresário do setor.

Ele reforça que um dos objetivos da Acomac-MT agora é criar um ambiente de negócios para fazer avançar com mais velocidade o segmento. A diretoria da entidade, segundo ele, trabalhou com intensidade junto a Caixa Econômica Federal, em 2016/2017, garantindo maior abrangência em 2018. Foi informado ainda que já está  certo o aumento do valor financiado tanto para aquisição de imóvel, reforma, e construção e também já é certo a redução significativa das taxas de juros.

Outro fator que irá contribuir com a melhora nas vendas de material de construção é o programa do governo federal chamada Cartão Reforma, para famílias da baixa renda, com orçamento de até 1800,00. Os beneficiados terão subsídio de R$ 5.000,00 a R$ 9.000,00 mil para reforma e ampliação residencial.

“A construção civil movimenta muitos outros setores. Em uma obra residencial contamos com as lojas de material de construção, fornecedores, fábricas, logística, engenheiros, arquitetos, mestres de obra, pedreiros, eletricistas, encanadores, pintores, jardineiros dentre outras dezenas de profissionais de forma direta ou indireta. Eles, por sua vez, consomem alimento, combustível, vestuário, ferramenta, eletrodoméstico, entretenimento e outras centenas de produtos e serviços”, explica.

O "Bustracking", ferramenta que permite incluir perguntas carona na pesquisa realizada pelo sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviews) indicou que, em dezembro, aumentou de 35% para 43% o otimismo dos lojistas com relação às ações do Governo nos próximos 12 meses. Além disso, 37% dos empresário devem realizar investimentos nos próximos 12 meses, e 12% pretendem aumentar seu quadro de funcionários em janeiro, mês tradicionalmente mais fraco em vendas.
Imprimir