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Safra de milho deve ser 22% menor em MT este ano, aponta IBGE; custo por hectare é de R$ 2,7 mil

Da Redação - André Garcia Santana

Em um cenário de estabilidade para a soja e algodão, Mato Grosso deve apresentar redução de 11,26% na área plantada de milho para a safra deste ano. A queda, atribuída à instabilidade climática, pode resultar em produção 22,76% menor que em 2017, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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As porcentagens representam plantio de 4.2 milhões de hectares e colheita de 23, 1 milhões de toneladas do grão, contra 4.4 e 29.9, registrados no último período. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (7), na sede do órgão, em Cuiabá e ainda não representam necessariamente um panorama de prejuízos para os produtores, segundo o gerente de planejamento e supervisão, Pedro Nessi Snizek Júnior.

Ao Agro olhar ele explicou que ainda não é possível prever estas perdas, já que a cultura começa a ser plantada neste mês. “Não sabemos como serão as condições de chuvas, em que momento o período vai terminar”, afirma. Assim, de acordo com Pedro, seria precipitado classificar a queda como drástica, especialmente porque em 2017 o Estado apresentou condições excepcionais para as três culturas.

Portanto, os números observados agora representam uma normalização desses patamares. “O IBGE inclusive tem a tendência de ser bastante conservador em suas estimativas, depende do comportamento das chuvas.”

Recentemente o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) divulgou o custo da produção do grão de alta tecnologia avaliado em R$ 2,7 mil por hectare. Considerando uma produtividade média de 117,24 sacas por hectare para o milho de alta tecnologia, o ponto de equilíbrio passa a ser projetado em R$ 19,27/SC o que rerpesenta um valor 18,3% acima do preço médio ponderado  que vem sendo comercializado até o momento para a safra futura. 

Para a soja os números previstos são de 9.38 milhões para área plantada e 30,72 milhões de toneladas produzidas. O algodão, por sua vez, deve totalizar 722,769 hectares e 2.9 milhões de toneladas, respectivamente.  “Neste ano a chuva foi boa pra soja, mas como veio um pouco mais tarde, pode afetar o espaço que o produtor tem para plantar o milho. Temos uma área estável de soja, com aumento de 1% e um bom aumento na área produção de algodão, com quase 15%”, diz. 
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