Imprimir

Notícias / Pecuária

Em Paris, Maggi recebe certificado que dá ao Brasil status de país livre de aftosa com vacinação

Da Redação - Isabela Mercuri

Em Paris para a 86ª reunião da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o ministro Blairo Maggi, (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) recebeu nesta quinta-feira (24), um certificado que reconhece o Brasil como livre de febre aftosa com vacinação.

Leia também:
Maggi anuncia reconhecimento do Brasil pela OIE de país livre de aftosa com vacinação, após 60 anos 

Segundo a assessoria do Ministério, Maggi comemorou o certificado, e destacou esforços do governo e da iniciativa privada, e a perspectiva de ampliação de mercados para as carnes bovina e suína. “O Brasil vem numa luta, em um programa de mais de 60 anos para erradicar essa doença e, nos últimos anos, fez um esforço muito grande para finalmente resolver o problema”, afirmou. “E, a partir desse reconhecimento, o Brasil tem novo status no mercado mundial e poderá acessar mercados que ainda estão fechados”. O ministro destacou tipos de carne que passarão a ser negociados, principalmente, com países asiáticos, entre eles, China e Japão. “Não era possível, até agora, por exemplo, exportar para a China carne que contém osso”.
 
“E há o efeito colateral, que são as exportações de carne suína. Se você não tem o país livre, o mercado não aceita a carne suína. Temos um estado na federação que é livre sem vacinação, então, esse podia exportar, por exemplo, para o Japão, para Coreia e outros mercados. Em resumo, mudas o status e ao mudar, você tem mais gente para conversar, mais países para comercializar”, disse Maggi.
 
O objetivo, agora, é cessar a vacinação no Brasil. Para isso, o Mapa desenvolveu, junto aos produtores, um programa que prevê que até 2023 isso será possível. A vacina já começa a ser retirada a partir do ano que vem. “Temos esse cronograma definido em função do fluxo de animais, porque uma vez declarado o estado como zona livre, não é possível transitar mais por ele com animais procedentes de outro com situação diversa. E também há atuação nas fronteiras, desde a Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, países com os quais há um programa conjunto”.

O ministro viajou para a reunião acompanhado de representantes do setor agropecuário, parlamentares, e secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, e de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro e Silva, além do diretor do Departamento de Saúde Animal e presidente da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (COSALFA), Guilherme Marques.
Imprimir