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Governo lança linha de crédito para caminhoneiros e R$ 2 bi em obras que contemplam rodovias de MT

Da Redação - Érika Oliveira

O Governo Federal anunciou nesta terça-feira (16) um pacote de medidas em resposta às reivindicações do setor dos transportes rodoviários, agravadas na ultima semana após a suspensão, por parte da Petrobrás e a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PSL), no reajuste do preço do óleo diesel. O plano inclui a liberação de R$ 2 bilhões para a manutenção de estradas e crédito para os caminhoneiros, que deverão ser utilizados na manutenção dos veículos. Ao anunciar o pacote, ministros negaram que o Governo tenha cedido à pressões.

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“O credito irá para caminhoneiros autônomos e está restrito àqueles que têm até dois caminhões por CPF, que é para caracterizar que é autônomo. Exatamente para dar condição de mais segurança para o trabalho e melhores condições para que a gente tenha a frota brasileira com boa manutenção”, explicou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), em coletiva de imprensa.

De acordo com o pacote de medidas, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) disponibilizará R$ 500 milhões e abrirá uma linha de crédito especial, de até R$ 30 mil, para caminhoneiros autônomos. Os recursos deverão ser usados para aquisição de pneus e manutenção dos veículos.

De acordo com Lorenzoni, dos R$ 2 bilhões que serão investidos em rodovias, cerca de R$ 900 milhões serão usados para manutenção. Entre as obras previstas, estão a pavimentação da BR-163, até o porto de Miritituba, e o licenciamento ambiental e construção de 8 pontes de concreto que substituirão pontes de madeira na BR-242, em Mato Grosso.

A adoção das novas medidas ocorre poucos dias após a suspensão do reajuste de 5,7% no preço do óleo diesel nas refinarias, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Em maio do ano passado a alta no preço do diesel levou à uma das maiores paralisações já registradas pela categoria.

A ação do presidente foi vista pelo mercado como interferência na política da Petrobrás e provocou reações. Os ministros, no entanto, negaram que o pacote de vantagens dado ao setor nesta terça-feira atenda algum tipo de pressão.

“Não é uma supervalorização do caminhoneiro nem se entregar a uma chantagem dessa categoria. Não. Nós temos que ter consciência da importância deles no contexto atual do país. E é por isso que recebe esse tratamento, que é um tratamento justo”, defendeu o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
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