Imprimir

Notícias / Agronegócio

MT tem superávit de US$ 5,6 bilhões na balança comercial e lidera ranking nacional

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Mato Grosso desponta entre os estados com maior superávit da balança comercial - que corresponde à diferença entre os valores totais de produtos exportados e importados -, no 4º trimestre de 2022, ou seja, mais vendeu do que comprou. O Estado acumulou saldo de mais de US$ 5,6 bilhões, puxado pela produção agrícola. Esse crescimento é 112% superior que o resultado obtido no mesmo período de 2021.

Leia também 
Rota do Oeste instala mais seis radares na BR-364; veja trechos


Os dados constam no Boletim de Informações Socioeconômicas de Comércio Exterior, divulgado pela Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag).

Para o secretário adjunto de Planejamento e Gestão de Políticas Públicas, Sandro Brandão, os números demonstram a importância de Mato Grosso para o mercado externo. “Somos um dos principais parceiros comerciais na exportação de produtos, como milho, soja e algodão para diversos países e também importamos muito adubo e fertilizante para suprir a demanda do agronegócio local. Esse processo nos coloca numa posição estratégica no contexto geopolítico internacional”, explica.

Mato Grosso também ocupa a 4ª colocação no ranking nacional dos maiores exportadores. As exportações cresceram 76,9% em relação ao mesmo período em 2021 (US$ 3,8 bilhões). Em 2022, foram US$ 6,7 bilhões em produtos básicos e industrializados enviados para o exterior, o que contribuiu para o saldo positivo da balança de exportação do país no último trimestre do ano passado, chegando a US$ 14,3 bilhões. 

Já as importações tiveram redução de 4,16% em comparação com o ano anterior. A queda está relacionada à diminuição da quantidade de toneladas de produtos importados, principalmente de gás natural e adubos e fertilizantes, que haviam sido estocados nos meses anteriores. 

O levantamento realizado pela Coordenadoria de Estudos e Indicadores Socioeconômico,  vinculada à Secretaria Adjunta de Planejamento e Gestão de Políticas Públicas da Seplag, utilizou como base informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, a perspectiva é de que esse crescimento continue em 2023. “Os resultados positivos do aumento da exportação em 2022 são fruto de um trabalho contínuo do Governo do Estado ao longo dos últimos quatro anos. Vamos atuar para que a nossa participação na balança comercial continue aumentando, por meio da segurança jurídica aos produtores e empreendedores, além de políticas efetivas para escoar a produção”, destaca. 

Campeões de exportação

Segundo o boletim, os dados de exportação apresentaram crescimento expressivo de 76,9% em relação ao mesmo período em 2021 - de US$ 3,8 bilhões para US$ 6,7 bilhões. Milho, soja, algodão, carne e ouro são os cinco produtos mais exportados pelo estado, representando 96,5% do total de exportações. 

Os 3,5% restantes correspondem ao bulhão dourado - uma variação do ouro (0,85%) -, galináceos (0,88%), madeira (0,5%), feijão (0,31), gelatina (0,23%) e outros produtos não especificados (0,68%). 

Principais destinos 

China, Japão, Vietnã, Espanha e Índia são os cinco principais destinos das exportações mato-grossenses. A lista conta ainda com México, Irã, Indonésia, Coreia do Sul e Tailândia. 

A China foi o principal destino dos commodities mato-grossenses.

O país chinês foi o maior comprador das commodities do Estado, totalizando US$ 1,58 bilhão. O principal produto adquirido foi a soja, seguida de carnes desossadas de bovino e algodão.  

Todos os países aumentaram os valores das compras, com exceção do Irã, que teve redução de 1,31%. 

Importações

As importações realizadas pelo Estado incluíram adubos e fertilizantes, herbicidas e fungicidas, aviões, máquinas e equipamentos e gás natural. 

A China também foi o principal fornecedor. O segundo lugar pertencia à Rússia, mas em razão dos bloqueios comerciais impostos pela guerra contra a Ucrânia, o país desceu para a quinta posição. Catar, Omã e Canadá ocuparam o segundo, terceiro e quarto lugar, respectivamente, no 4º trimestre do ano passado.
Imprimir