Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Opinião

Os cães ladram e a caravana passa.

“Os cães ladram e a caravana passa”.

Esse provérbio árabe procura expressar uma das característica do comportamento humano onde de um lado permanecem os que estão presos a seu delimitado espaço racional e do outro seguem os que passam ao largo, livres, rumo a seu destino. Vão atrás de um futuro melhor para todos, inclusive para aqueles que conseguirem se livrar das coleiras que os mantém presos aos limites impostos por sua própria ignorância.

Ladrar representa a manifestação desesperada dos que tentam impedir a passagem da caravana mesmo sabendo que de nada adiantará produzir ruído já que são incapazes de pará-la, até porque seus espaços vão ficando cada vez mais reduzidos na medida em que que permanecem andando em círculos, contornando os postes onde estão amarrados. Permanecem prisioneiros do passado retrógrado que os estacionou no vácuo da cegueira ideológica adquirida.

E a caravana segue adiante. Nela estão os que aprenderam com seus erros e acertos, os que buscam o melhor sem se incomodar com as manifestações daqueles que optaram por ficar estagnados no limbo do ostracismo partidário.

O desconforto promovido pelo latidos incomoda, porém a caravana passa. Sabe qual caminho percorrer e segue em frente, célere em sua jornada.

Já os que persistem em permanecer presos às suas próprias coleiras assistem a passagem transformadora rumo ao progresso. Só lhes resta torcer contra. A esses a história já respondeu, pois representam um passado retrógrado, corrupto e amoral ao qual não se pretende voltar.

Assim, concluída a analogia, fica claro o que diferencia um grupo do outro. Ela reside no fato de um permanecer parado no tempo de uma política ultrapassada, enquanto que o outro segue em frente na busca de um destino livre de amarras ideológicas.


Marcelo Portocarrero é Engenheiro Civil/UFMT.
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