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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Homenageando três mães anônimas

Desde 1914, comemora-se o dia das mães,  esta data, está relacionada à figura de Anna Jarvis idealizadora da mesma, fato este, ocorrido nos Estados Unidos, quando aconteceu o falecimento de sua mãe em 1905, com o ocorrido, Anna Jarvis ficou muito depressiva, em função disso, as amigas fizeram uma festa para eternizar o dia, assim ficou conhecido, como dia das mães.

Geralmente em nosso país, é comum homenagear as mães famosas ou as falecidas, isso, tem sido recorrente e vem se tornando uma constante.

Eu, na minha modesta visão, prefiro sim, homenagear pessoas que de alguma forma em suas simplicidades, contribuíram para o engrandecimento e acolhimento, de pessoas que nos cercam ou não, porém pessoas reais em nossas vidas.

A primeira mãe a ser homenageada, é a minha tia Rosalina Pereira Leite, após a morte da minha mãe, a mesma me adotou como filho, isso me encheu de orgulho, por se tratar de uma pessoa carismática, de um coração de dar inveja a qualquer um.

Foi funcionária pública, nos áureos tempos em que os salários do Estado, não eram tão atrativos como hoje, em função disso, dedicou-se à costura como forma de complementação da renda.

Mesmo, com parcos recursos, ela acolhia as pessoas mais humildes, ajudava a todos indistintamente, seu carinho para com os sobrinhos é algo de dar invejar.

Hoje com 90 anos, portadora do mal de Alzheimer, (transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que atinge diretamente a memória), mesmo assim, até hoje, assim que chego a casa dela, ela se lembra do meu nome, isso me deixa feliz.

A segunda mãe a ser homenageada, não reside em nosso Estado, ela é natural de São Gonçalo (RJ), porém trata-se de um ser humano exemplar, mãe dedicada, reporto-me a dona Sônia Chavier.

Mesmo diante das adversidades vividas por ela nos momentos mais difíceis de sua vida, período em que, seus filhos ainda  pequenos, ficando na dependência apenas do ganho do seu marido, o senhor Afonso Chavier, provedor da família, o mesmo, trabalhava como soldador em um estaleiro, com parcos recursos, encontravam dificuldades financeiras.

Nesse momento, entra em cena, essa mulher guerreira, que o ajudava na complementação da renda familiar, fazendo doces deliciosos para vender,  mais do que isso, ajudou principalmente na educação dos cinco filhos, hoje, todos bem encaminhados na vida, pautando sempre, pela honestidade, sinceridade e retidão de caráter.

Fiz alusão a essa senhora dona Sônia Chavier, em função de uma palavra que existe em meu dicionário de forma incisiva, palavra esta, muito propalada, porém pouco  colocada em prática pelas pessoas; refiro-me a  "gratidão", sinto por todos os membros dessa família,  uma verdadeira admiração, pelo fato de, em um período não muito distante, ter me acolhido como filho.

A terceira mãe, outra pessoa exemplar, uma senhora de 82 anos, porém revestida de garra, determinação e força de vontade; reporto-me a senhora Ambrosina Maria da Silva Gomes 82 anos.

Moradora do bairro Altos da Serra I, esta senhora é um exemplo de vida, mesmo com idade avançada, participou de forma incisiva de um projeto social de altíssimo nível, implementado pela Associação dos Moradores do mesmo bairro, tendo como presidente, o senhor Cezinha Nascimento.

A senhora Ambrosina, sem dúvida alguma, se tornou símbolo em um dos cursos ministrados na Associação dos Moradores, ela participou da Oficina  de Artes, no curso de pintura, se tornando  o diferencial do mesmo, não apenas pela idade avançada, como também pela disposição em participar, se mostrando feliz, por ter sido oportunizada a participar do curso em questão.

Parabéns, a todas as mães do  Brasil!


Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo.
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