Olhar Direto

Terça-feira, 16 de abril de 2024

Opinião

A Bíblia – o melhor manual de política do mundo

A política brasileira anda caótica. A sociedade brasileira anda caótica. Os políticos não sabem e nem querem nada além de atender os próprios desejos egoístas. Poucos deles são estudados e um número menor ainda sequer leu algum livro sério de política. Dos tradicionais manuais de política, alguns até valem a pena ler, como Maquiavel, Platão e Aristóteles. Outros, são delírios extremistas, como Marx e Mises, duas faces extremas da mesma moeda, que pintam um lindo e utópico mundo, só não mostram como chegar até ele. Todos deveriam ler o manual mais completo, sábio e acessível para se fazer uma boa política: a Bíblia. Ela mostra o que deve ser prioridade, como deve se comportar um bom político e como fazer política com excelência. Basta lê-la, compreendê-la e pô-la em prática, que a pessoa se tornará o melhor político de sua geração e fará um grande bem para sua comunidade.

Primeiramente, em Provérbios, Deus afirma que quando se escolher maus políticos, corruptos e salafrários, o povo sofrerá e gemerá por sua má escolha. Porém, também afirma que quando se escolher boas pessoas como governantes, o povo terá alegria. Portanto, para início de conversa, escolha bem o seu governante, para que jamais o seu povo padeça.
Em seus primeiros livros – Levítico, Números e Deuteronômio – a Bíblia trata de inúmeras regras de saneamento e saúde pública. Isso demonstra o quão é importante para a população que saneamento e saúde pública estejam disponíveis para todo o povo. E um Estado que não proporciona isso, seja diretamente, seja por meio de concessão à iniciativa privada, não cumpre com um dos seus deveres primordiais.

A história de José, a peregrinação do povo judeu pelo deserto e a conquista de Canaã pelos hebreus demonstra a importância dos planos de longo prazo, de se pensar longe com planejamento e execução adequados. Um governo não deve se preocupar apenas com problemas de curto prazo, deve ter planos para o futuro do seu povo e trabalhar nesse sentido, sempre.

A Bíblia fala de justiça social. No Sermão da Montanha Jesus fala acerca de justiça social, praticamente inexistente em sua época, mas que será um fato consumado em seu Reino. O que não impede que tentemos alcançar esse objetivo agora, em nossa cidade, em nosso estado, em nosso país. Jesus, em seu longo sermão mostrou o quanto a justiça social é importante e pacificadora.

A Bíblia fala da necessidade de existir um Governo, atestando a incapacidade de o homem se autogovernar e necessitar de um tutor (no caso o Estado), mesmo que abstrato. Ao mostrar que temos que dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, Jesus mostrou que é necessária uma relação de tutor e tutelado para o bom andamento das sociedades.

E nessa toada, fica implícito que o Estado jamais poderá ser laico. Partindo do pressuposto que todo Estado deverá buscar justiça, a ética e um alto nível moral, e que o homem possui esses conceitos não em si mesmos, mas que buscou refletir ensinamentos divinos, há de se concluir que o Estado deverá sempre buscar padrões divinos de justiça, ética e moralidade, afinal tais conceitos foram inseridos na alma humana como um reflexo do seu Criador.

O Livro Sagrado mostra a extrema importância da Educação e a oferta de uma educação de qualidade deveria ser um dos principais objetivos do Estado. Quando Deus falou a Salomão para ele pedir qualquer coisa que quisesse, este pediu sabedoria e conhecimento, Deus disse que ele não poderia ter feito uma escolha melhor. E que isso Deus daria a ele de bom grado e de forma ilimitada. Se Deus disse isso, quem somos nós para menosprezar a educação?

Quando Jesus visitava as cidades, ele não escolhia os melhores lugares para comer e tampouco as áreas nobres para visitar. Pelo contrário, ele estava sempre nos guetos, próximo da população carente (e ele nem era candidato), ouvindo suas necessidades e atendendo-as sempre que possível (e quase sempre era possível). Jesus lidava com pobres, deficientes físicos, prostitutas, agiotas, publicanos, leprosos e uma gama imensa de excluídos sociais. O que demonstra a importância de se ter, em toda a sociedade, programas de inclusão social para que a maior parte da população também tenha vida plena e abundante.

Além de incluir os excluídos, Jesus afirmou, categoricamente, que os pobres vão existir por todo o tempo. Ou seja, enquanto existir planeta Terra como conhecemos, sempre existirá pobreza. E se a pobreza for uma constante desse mundo, programas de assistência social serão necessários para aqueles que realmente precisam.

Apesar de se afirmar que a pobreza sempre existirá, a Bíblia também exalta o trabalho e a meritocracia, favorecendo o empreendedor e os proativos. A parábola dos talentos, embora tenha um sentido espiritual, pode ser interpretada como um incentivo ao empreendedorismo, ao trabalho e ao sucesso. Portanto, todo governo deve cuidar bem da economia e incentivar a livre iniciativa, o empreendedorismo, o mérito e a produção de riqueza, desde que alcançada com justiça e honestidade.

Outro ponto importante frisado nas escrituras sagradas é a importância de se ter uma lei penal justa, rígida e proporcional ao crime. O exemplo clássico disso é a morte do ladrão ao lado de Jesus. Embora ele tenha conseguido o perdão divino, não deixou de pagar por seus crimes de forma dura e proporcional ao seu delito. Um Estado com leis fracas e inclinado à impunidade, tende a perecer e ficar refém de seus próprios crimes, como é o caso do Brasil atualmente.

E por último, mas não menos importante: todas as mudanças acima descritas só poderão advir com uma transformação de mente, uma verdadeira revolução no pensar. Jesus, em sua época, promoveu uma revolução de pensamento e atitude que traz reflexos até os dias de hoje e vai reverberar por toda a eternidade. Nós precisamos revolucionar nosso modo de pensar e agir, transformando o mundo ao nosso redor. Precisamos de uma transformação de mente e espírito. Temos o manual para isso. Precisamos lê-lo e pô-lo em prática.
 
 
Eustáquio Rodrigues Filho é Cristão, Servidor Público e Escritor. Autor do livro "Um instante para sempre". Instagram: @eustaquiojrf.
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