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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Educação financeira: discipline-se

A partir deste ano, educação financeira passa a ser matéria obrigatória ao ensino infantil e fundamental nas escolas de todo o país. É uma grande avanço que poderá trazer certo conforto para muitas famílias. Serão difundidos aprendizados aos jovens a terem consciência dos próprios gastos e a ajudar a família a lidar com as finanças. A oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino e está prevista na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
 
A última  Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela uma triste realidade. Sem crescimento na renda, as famílias recorreram mais ao crédito. No caso da população de baixa renda, a menção ao cartão de crédito como principal modalidade de dívida atingiu patamar recorde na pesquisa, iniciada em janeiro de 2010.
 
Afinal, poucas matérias podem fazer tanta diferença na vida das pessoas como a educação financeira. Quais são os ensinamentos que precisamos aprender? Quer deixar um legado de prosperidade para seus filhos? Comece falando de educação financeira desde já independente da aprendizagem de sala de aula.
 
Eis uma regra simples para assimilar e passar adiante: não gastar mais do que ganha. Parece bobagem dizer isso, mas milhares de pessoas insistem no erro. A educação financeira pode ser pensada de forma sustentável, já que nos disciplina e orienta nossas relações de consumo. Antes de efetuar qualquer compra é preciso responder se, de fato, estou precisando de tal produto.
 
O Banco Central iniciará em 2020 um programa piloto para capacitar professores a ensinar educação financeira em sala de aula por meio das disciplinas de português, matemática, história e geografia. O projeto, batizado de "Aprender Valor", será destinado a estudantes do 1º ao 9º ano da rede pública de ensino. O plano é educar crianças e jovens a lidarem melhor com dinheiro. A meta é que pelo menos 25 mil alunos de seis estados sejam impactados.
 
Independente da sua condição financeira é público e notória a importância da educação financeira para o bem-estar das famílias. Saber lidar com o dinheiro, seja para gastar com inteligência, programar suas despesas ou investir adequadamente, é essencial para não incorrermos em dívidas e garantirmos uma aposentadoria tranquila.
 
O fato é preocupante, já que uma parcela da população, sobretudo os mais jovens possuem celulares de última geração entre outros bens de consumo, mas, ao mesmo tempo, possuem também dívidas e nenhum dinheiro poupado. É lamentável essa inversão de valores. Saber o que fazer com o próprio dinheiro é fundamental para quem pretende viver com tranquilidade e harmonia.
 


Thiago Itacaramby é jornalista e gestor ambiental
 
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